Dirceu e Argôlo estão presos no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região de Curitiba (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil e Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

Nenhum dos detentos assumiu ser o dono dos pertences, segundo a Sesp-PR. Eles estão presos no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região de Curitiba

Dois carregadores de aparelho celular e alguns pendrives são encontrados dentro da cela do ex-ministro José Dirceu e do ex-deputado federal Luiz Argôlo, que estão presos no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Nenhum dos presos assumiu ser o dono dos pertences.

Embora os objetos tenham sido localizados no dia 1º de agosto, a informação só foi confirmada nesta segunda-feira (15) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp-PR).

Os carregadores e pendrives estavam dentro de uma sacola junto com pertences dos presos. Eles foram encontrados após uma vistoria de rotina na 6ª galeria da penitenciária, onde estão detidos os presos da Operação Lava Jato. A quantidade de pendrives não foi informada e, segundo a Sesp-PR, nos dispositivos haviam arquivos de filmes e músicas.

Segundo a secretaria, Dirceu e Argôlo receberam uma penalidade que deve durar 20 dias. Desde 1º de agosto, eles não podem receber as visitas semanais dos parentes, que ocorrem normalmente nas sextas-feiras.

Condenados
O ex-ministro José Dirceu, que está preso desde agosto de 2015, foi condenado inicialmente a 23 anos e três meses de prisão – a maior pena aplicada na Operação Lava Jato. No entanto, Moro acatou um pedido da defesa do ex-ministro que solicitava uma pena menor, já que o réu tem mais de 70 anos. Dirceu deve cumprir 20 anos e 10 meses de reclusão. Ele é acusado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo o juiz federal Sérgio Moro, Dirceu era um dos chefes da corrupção na Petrobras e recebeu cerca de R$ 15 milhões no esquema. O dinheiro desviado da estatal era lavado e abastecia o Partido dos Trabalhadores (PT) e outros partidos, além de políticos e servidores públicos.

Já o ex-deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA), que está preso desde abril de 2015 em decorrência de desdobramentos da Lava Jato, foi condenado à pena de 11 anos e 11 meses de reclusão por corrupção passvia e lavagem de dinheiro.