A Casa de Custódia de Maringá (CCM) começou a oferecer cursos profissionalizantes aos seus cerca de 380 presos de regime fechado. Concluíram recentemente a formação de eletricista predial 16 internos e mais 18 começaram o curso, com duração de dois meses. Com esta fase, em parceria com o Senai – Maringá, serão 56 presos certificados nesta modalidade. A Casa de Custódia é uma das unidades do Departamento de Execução Penal (Depen), subordinado à Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.
O estabelecimento passou por rebelião e nunca teve oferta educacional. “Mesmo sem ter espaço físico para esse fim, o que já estamos providenciamos, começamos as aulas no pátio de visitas, que foi coberto com lona”, descreveu o diretor da CCM, Valdecir Glalick Alves. Ele explica que a unidade segue as diretrizes da Secretaria da Justiça de criar oportunidade de aprendizado aos detentos. “Assim, eles não ficam ociosos e, principalmente, tem oportunidade de ressocialização e de conquistar espaço na sociedade quando ganharem a liberdade”, completou Glalick.
Assim que forem feitas as melhorias e adaptações na estrutura da unidade, serão iniciados os cursos de azulejista, de manutenção e pintura predial e informática. Glalick adiantou que existem estudos e proposta para implantar 12 salas de aula, salas para professores e biblioteca, além de canteiros de trabalho. “Num primeiro momento, será possível que 120 alunos comecem a estudar. O Conselho da Comunidade de Maringá, conhecendo nosso empenho, se prontificou a custear as modificações para melhor atender os instrutores e os presos”, disse o diretor.
A unidade também desenvolve os projetos de remição da pena por estudo através da leitura e de alfabetização por monitoramento. “Sabemos que o momento pede transformações e não nos curvaremos diante das dificuldades”, ressaltou Glalick.