Caso Daniel: Justiça determina que 7 acusados vão a júri popular

Publicado em 28 fev 2020, às 00h00.

A juíza da 1ª Vara Criminal de São José do Pinhais, Luciani Martins de Paula, determinou nesta sexta-feira (28), que todos os acusados por envolvimento com o assassinato do jogador Daniel Correa Freitas vão enfrentar o Tribunal do Júri. A data ainda não foi marcada.

Edison Brittes, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, David William Vollero Silva e Ygor King vão responder por homicídio triplamente qualificado.

Esposa de Daniel, Cristiana Brittes; e a filha, Allana Brittes; serão rés por fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo. Evelyn Perusso responderá apenas por fraude processual.

Na decisão, a juíza também determinou a manutenção da prisão preventiva de Edison Brittes.

Em nota, a defesa de Cristiana Brittes afirma que “recebe a decisão de impronuncia da acusação de homicídio com naturalidade e certeza genuína de sua inocência”.

Cabe recurso.

A Grupo RIC tenta contato com a defesa dos outros indiciados. 

Réus

  • Edison Brittes (38 anos): homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo;
  • Cristiana Brittes (35 anos): coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor;
  • Allana Brites (18 anos): coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor;
  • Eduardo da Silva (19 anos): homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
  • Ygor King (19 anos):  homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual;
  • David Willian da Silva (18 anos): homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual;
  • Evellyn Brisola (19 anos): fraude processual.

Entenda o caso

O jogador Daniel foi morto brutalmente, na manhã de 27 de outubro de 2018, após uma confusão ocorrida na residência dos Brittes. Na ocasião, cerca de 15 pessoas estavam na casa participando de um after como continuação do aniversário de Allana Brittes, que havia ocorrido em uma casa noturna de Curitiba.

Daniel foi flagrado por Edison Brittes com sua esposa Cristiana Brittes no quarto do casal. Segundo o depoimento de Cristiana Brittes, ela teria acordado com jogador Daniel apenas de cueca no local. A defesa da família Brittes alega que o jogador tentou estuprar Cristiana enquanto os advogados da família de Daniel afirmam que tudo não passou de uma brincadeira infantil e de mau gosto do jovem.

O resultado do flagrante foi o espancamento do jogador ainda na casa dos Brittes e seu assassinato na Colônia Mergulhão, em Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense. Ele teve seu pescoço parcialmente decapitado com uma faca de churrasco e o órgão sexual extirpado por Edison Brittes.

Eduardo da Silva, Ygor King e David Willian da Silva estavam presentes no momento em que o jogador foi morto em uma plantação de pinus. Todos negam a participação direta no crime. No entanto, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) não acreditou em suas versões e indiciou os três por homicídio.

Nos dias que seguiram após o assassinato do jogador Daniel, a família Brittes tentou convencer as testemunhas, que estavam na casa, a confirmarem que o jogador havia ido embora sozinho do local. No Instagram, Allana Brittes postou fotografia com o jogador como forma de luto, além de mentir para Eliane Corrêa, mãe do jogador, sobre o que havia ocorrido. Edisson Brittes chegou a ligar para Eliane para dar os pêsames e oferecer auxílio em um momento tão difícil.

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