Caso Daniel: réus serão interrogados nesta quarta (4); Allana adianta informações em entrevista exclusiva

Publicado em 3 set 2019, às 00h00.

Após o adiamento dos interrogatórios dos sete réus envolvidos na morte do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas, de 24 anos, os depoimentos devem ter início às 9h desta quarta-feira (4). A juíza Luciane Martins de Paula reservou até a sexta-feira (6), para escutar os réus no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Além dos três membros da família Brittes – Edison, Cristiana e Allana – serão ouvidos Ygor King, David Willian da Silva, Eduardo da Silva e Evellyn Brisola. Em agosto, os depoimentos foram adiados após a juíza elencar uma nova testemunha no processo, após o testemunho do proprietário da loja de celulares que consertou o aparelho telefônico de Cristiana Brittes.

Caso Daniel: os réus do processo

Os sete réus respondem por crimes diferentes. A partir desta quarta-feira (4) todos serão ouvidos no Fórum de São José dos Pinhais, podendo ser estendido até sexta-feira (6). Allana Brites e Evellyn Brisola são as únicas que respondem ao caso em liberdade. Confira aos crimes que cada um responde:

  • Edison Brittes (38 anos): homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor e coação no curso do processo;
  • Cristiana Brittes (35 anos):  homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor;
  • Allana Brites (18 anos): coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor;
  • Eduardo da Silva (19 anos): homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
  • Ygor King (19 anos):  homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
  • David Willian da Silva (18 anos):  homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e denunciação caluniosa;
  • Evellyn Brisola (19 anos):  denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de menor e falso testemunho.

Allana Brittes concede entrevista exclusiva a RICTV | Record TV

A réu Allana Brittes concedeu uma entrevista exclusiva nesta terça-feira (3) ao apresentador Ricardo Vilches, do programa Paraná no Ar. No depoimento, a jovem se emocionou várias vezes e voltou a defender os pais, Edison e Cristiana. 

Além disso, Allana voltou a citar o nome de Eduardo Purkote, que foi preso no dia 15 de novembro, porém, liberado 11 dias depois. Segundo a réu, o jovem tem participação no crime e foi um dos mais violentos com o jogador Daniel.

Alegando estar dizendo a verdade, a jovem contou que o depoimento no Fórum de São José dos Pinhais terá o mesmo tom. Detalhes da entrevista você pode conferir no Paraná no Ar desta quarta-feira, a partir das 6h30, e a entrevista completa no Balanço Geral às 12h.

Relembre o Caso

jogador Daniel foi morto brutalmente, na manhã de 27 de outubro de 2018, após uma confusão ocorrida na residência dos Brittes. Na ocasião, cerca de 15 pessoas estavam na casa participando de um after como continuação do aniversário de Allana Brittes, que havia ocorrido em uma casa noturna de Curitiba.

Daniel foi flagrado por Edison Brittes com sua esposa Cristiana Brittes no quarto do casal. Segundo o depoimento de Cristiana Brittes, ela teria acordado com jogador Daniel apenas de cueca no local. A defesa da família Brittes alega que o jogador tentou estuprar Cristiana enquanto os advogados da família de Daniel afirmam que tudo não passou de uma brincadeira infantil e de mau gosto do jovem.

(FOTO: REPRODUÇÃO/ REDES SOCIAIS)

O resultado do flagrante foi o espancamento do jogador ainda na casa dos Brittes e seu assassinato na Colônia Mergulhão, em Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense. Ele teve seu pescoço parcialmente decapitado com uma faca de churrasco e o órgão sexual extirpado por Edison Brittes.

Eduardo da Silva, Ygor King e David Willian da Silva estavam presentes no momento em que o jogador foi morto em uma plantação de pinus. Todos negam a participação direta no crime. No entanto, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) não acreditou em suas versões e indiciou os três por homicídio.

Nos dias que seguiram após o assassinato do jogador Daniel, a família Brittes tentou convencer as testemunhas, que estavam na casa, a confirmarem que o jogador havia ido embora sozinho do local. No Instagram, Allana Brittes postou fotografia com o jogador como forma de luto, além de mentir para Eliane Corrêa,  mãe do jogador, sobre o que havia ocorrido. Edisson Brittes chegou a ligar para Eliane para dar os pêsames e oferecer auxílio em um momento tão difícil.