Imagens de câmeras de segurança do trem onde Lorrana Madalena, de 14 anos, teria sido envenenada mostram que a adolescente não aceitou doces de uma estranha, conforme contou a vendedora Gisele José da Luz, mãe da jovem.
Nas imagens, Lorrana aparece quando entra no trem em Bonsucesso, na zona norte do Rio de Janeiro, e caminha com fones de ouvido e uma mochila roxa. Algumas estações depois, ela desce em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Durante todo o trajeto, ela não foi abordada por ninguém. (Assista abaixo)
Entenda o Caso Lorrana
Segundo a família da vítima, a menina voltava de um curso de informática, em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na última terça-feira (22), quando quando ganhou o pirulito de uma mulher no trem. Logo depois, ao encontrar a mãe em Duque de Caxias, ela se queixou de fortes dores de cabeça e contou que havia aceitado o doce.
A vendedora Gisele José da Luz, de 32 anos, conta que pensou que o incômodo fosse consequência da menstruação da filha e ambas seguiram para casa. Já na residência, a menina comeu um sanduíche e foi dormir. No entanto, durante na madrugada de quarta-feira (23), por volta da 1h, ela levantou passando mal, vomitando e chegou a dizer que não enxergava nada.
Luciano da Silva Manoel, pai de Lorrana, disse em entrevista à Record TV Rio que “começou a sair coisas de dentro da boca” da filha. “Como se tivesse estourado ela por dentro”.
Após ser levadas às pressas até uma Unidade Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a Lorrana passou por uma lavagem estomacal e precisou ser entubada. Horas depois, sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e morreu.
Polícia não acredita em pirulito envenenado
Desde o princípio da investigação, a polícia declarou ser pouco possível que a menina tivesse morrido em decorrência de um pirulito envenenado. Entre os pontos contrários a hipótese, foi explicado que Lorrana teria perdido a vida rapidamente após o envenenamento no trem e não horas depois como aconteceu.
Barraquinha de sanduíches da família
Na quinta-feira (24), policiais estiveram na barraquinha de sanduíches da família de Lorrana e realizaram uma perícia. O objetivo é descobrir se o sanduíche que a menina comeu horas antes de morrer poderia estar contaminado e ter provocado a morte da jovem.
Chumbinho no corpo de Lorrana
Na sexta-feira (25), exames encontraram vestígios de veneno no corpo da vítima. Segundo o site R7, as primeiras análises localizaram traços de chumbinho, usado para matar ratos. Mesmo assim, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) teria se mostrado inconclusivo para a suspeita de envenenamento, pois antes de morrer, ela foi medicada duas vezes e passou por uma lavagem estomacal.
A Polícia Civil recolheu um líquido no estômago da menina que será levado para uma perícia mais aprofundada. Somente o resultado desse exame poderá apontar se Lorrana foi realmente envenenada.