O corpo de Rachel foi encontrado na madrugada do dia 05 de novembro, dois dias depois do desaparecimento, dentro de uma mala, embaixo de uma escada na Rodoferroviária de Curitiba (Foto: Arquivo)

Amigos e familiares da menina Rachel Genofre, encontrada morta dentro de uma mala em novembro de 2008, distribuíram panfletos em frente ao Instituto Estadual de Educação do Paraná no início desta segunda-feira (5). Informações atualizadas sobre o caso: suspeito é preso!

O ato marca os dez anos de assassinato da criança, vítima de um crime que permanece sem solução. Outra manifestação está marcado para às 17h, na Rodoferroviária de Curitiba.

Rachel Genofre é encontrada dentro de mala

A menina desapareceu no dia 03 de novembro de 2008, após sair da escola, que fica na Rua Emiliano Perneta, no centro de Curitiba, e foi vista pela última vez na Rua Voluntários da Pátria, próximo à Praça Rui Barbosa.

O corpo foi encontrado na madrugada do dia 05 de novembro, dois dias depois do desaparecimento, dentro de uma mala, embaixo de uma escada na Rodoferroviária de Curitiba.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a pequena foi estuprada, agredida, queimada com cigarro e morta por asfixia. Até hoje, ninguém sabe ao certo o que aconteceu entre a saída da escola até o corpo ser encontrado. Ao longo dos anos, o caso continua sendo lembrado e, durante esse tempo, pelo menos 200 exames foram confrontados com o material genético encontrado no corpo de Rachel.

Sentimento de revolta

“Eu quero ter certeza que ele está fora de circulação, para que nenhuma outra criança sofra…nada próximo do que minha filha sofreu”, afirmou emocionada Maria Cristina Lobo de Oliveira.

Se estivesse viva, Rachel Genofre estaria com 19 anos. Para a mãe, que perdeu a filha de forma brutal, os anos parecem horas. Além da saudade, o sentimento de revolta não passa diante da impunidade do assassino. “O sentimento de saudade é aterrorizante, não tem uma coisa em específico que causa mais revolta, não é uma coisa em específico, é tudo”, finalizou a mãe da criança. 

Investigações sobre o crime

Segundo Luiz Alberto Cartaxo, delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) a investigação nunca parou. “A investigação é trabalhada pela equipe de investigação da DHPP, que está com o caso há mais de quatro anos. Nós temos diversos suspeitos que estão sendo trabalhados”, conta Cartaxo.

Mais de dez delegados passaram pelo caso e o inquérito conta com mais de cinco mil páginas. Um dos delegados que investigou o caso, Fábio Amaro, acredita que o assassino era conhecido da vítima. “A região onde ela desapareceu, é muito movimentada. Se ela tivesse sido sequestrada a força, muitas pessoas teriam visto porque se trata de uma menina de nove anos, franzina…seria visualizado esse cenário”, afirmou.

O grupo de investigação acredita que o DNA deixado no corpo de Rachel é um aspecto muito importante para encontrar o assassino. O laudo aponta que o suspeito de cometer o crime é infértil, modificando seu perfil psicológico.

Cartaxo afirmou categoricamente que o caso não está em uma encruzilhada, já que existem muitas opções investigativas sobre o caso. “Não seríamos investigadores, não seríamos policiais se não acreditássemos que é possível chegar no autor do crime. Essa é a busca constante da DHPP”, finaliza o delegado.

Caso completa 10 anos

A repórter Tais Santana, da RICTV Curitiba, relembrou a triste história de Rachel Genofre, caso que completou dez anos e permanece sem solução. Assista!