Caso Raíssa: menina foi abusada sexualmente antes de ser morta, diz MP
A morte de Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de 9 anos, no dia 29 de setembro, continua sendo investigada. Nesta quarta-feira (16), o produtor Eder Fritsch, do Cidade Alerta da Record TV, conseguiu com exclusividade um relatório do Ministério Público (MP) de São Paulo. De acordo com o documento, a menina foi abusada sexualmente pelo suspeito, de apenas 12 anos, que agiu sozinho.
“O menor qualificado nos autos tentou manter conjunção carnal e praticou ato libidinoso com Raíssa”, apresenta o documento do MP. Ainda segundo o relatório, Raíssa não ofereceu resistência, até por não ter discernimento do abuso.
MP vai contra declaração de perita
No início deste mês de outubro, a perita Maria do Rosário afirmou a Record TV que provavelmente o menor suspeito tenha contado com a ajuda de outra pessoa para cometer o crime. “É improvável que um garoto de 12 anos tenha força para fazer tudo isso”, disse Maria do Rosário.
Entretanto, no documento do MP, as investigações apontam que o suspeito agiu sozinho e de forma premeditada. Antes de matar a menina por asfixia, o menor teria abusado sexualmente da vítima. Na sequência, o suspeito teria amarrado o corpo em uma árvore, no Parque Anhanguera, em São Paulo.
Entenda o Caso Raíssa
Raíssa participava, junto com a mãe e o irmão, de uma festa no Centro Educacional Unificado (CEU) em Anhanguera. Enquanto estava na fila do pula-pula, sua mãe foi buscar pipoca para o filho e, minutos depois, quando retornou não encontrou mais a criança. Funcionários e participantes da festa ajudaram a procurar por Raíssa na escola e proximidades.
Cerca de duas horas depois do seu desaparecimento, o adolescente de 12 anos, agora, suspeito pelo crime, disse que foi encurtar caminho pelo parque e se deparou com a criança morta. A menina autista foi encontrada amarrada pendurada em uma árvore na área restrita do Parque Anhanguera, a cerca de 3,4 Km de distância da escola.
A criança estava com manchas de sangue no rosto e lesões no ombro. A aproximadamente 500 metros do corpo havia manchas de sangue, um par de chinelos, um saco plástico pequeno e transparente e uma capa de tecido sintético (TNT) grande e vermelha foram encontrados.
Menino era considerado solitário
De acordo com colegas de escola, o menino que saiu com Raíssa da festa é considerado solitário, não anda em grupo e não tem muitos amigos. Além disso, segundo colegas, ele costumava ameaçar meninas da escola. Já a mãe disse que nunca percebeu mudança no comportamento do filho.
Também nesta terça foi confirmado que Raíssa e o menino suspeito pelo crime moravam na mesma rua no bairro Morro Doce, a menos de 100 m de distância, e que nos últimos tempos costumavam brincar muito nas redondezas e no centro educacional de onde a criança foi levada antes do assassinato.