Chefe do IAP em Curitiba é afastado liminarmente por suspeita de corrupção

A Justiça autorizou o afastamento liminar do chefe do escritório de Curitiba do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) após ele ser denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), junto com outras oito pessoas, por suspeita de corrupção e concessão ilícita de alvarás para uma construtora na Grande Curitiba. 

Em nota, o IAP, informou que ainda não foi notificado a respeito do afastamento do chefe regional de Curitiba e que “após conhecimento da situação, o órgão tomará as medidas cabíveis”.

A promotoria ainda ofereceu denúncia contra:

  • o ex-prefeito de Campo Largo (gestão 2013-2016); 
  • um ex-deputado estadual (legislatura 2015-2018);  
  • o ex-secretário Municipal de Obras e Urbanismo (gestão 2013-2016);
  • um analista técnico do IAP e sua mulher;
  • os três sócios da construtora.

Contatos proibidos

A liminar, deferida nesta segunda-feira (14), pelo Juízo da Vara Criminal de Campo Largo, impõe “a imediata suspensão do exercício das atividades públicas do Chefe do IAP de Curitiba, com proibição de que frequente o órgão e mantenha contato com qualquer funcionário”. Foram impostas ainda medidas cautelares aos sócios da empresa alvo da investigação. Esta é a primeira denúncia criminal vinculada à Operação Rota 66.

Operação Rota 66

A Operação Rota 66 foi deflagrada em agosto deste ano, em conjunto com 1ª Promotoria de Justiça de Campo Largo. O MP-PR sustenta que os réus são responsáveis por crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e uso de documento falso. A ação penal cita ainda crimes de concessão de licença ambiental em desacordo com as normas ambientais e elaboração de relatório ambiental falso e enganoso.

Obras paralisadas 

Entre setembro e 4 de outubro, foram suspensas judicialmente as obras e as vendas de dois empreendimento imobiliário situados em Campo Largo. Os condomínios são da empresa de construção civil investigada, vinculada ao programa federal Minha Casa, Minha Vida. 

Em todos os casos, até o trânsito em julgado das ações, as obras não podem ser retomadas. O Ministério Público destaca que os consumidores que adquiriram unidades habitacionais nos empreendimentos questionados estão tendo seu interesse defendido pela instituição já que os locais estariam, inclusive, suscetíveis a alagamentos. 

O que dizem os envolvidos 

A RIC Record TV tenta contato com os advogados de todos os envolvidos. 

14 out 2019, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 15h12.
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