Caso a candidatura de Marina Silva à Presidência da República seja admitida no lugar de Eduardo Campos (PSB), morto nesta quarta-feira, 13, em um acidente de avião em Santos (SP), pode ser negativa para os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). A avaliação é do economista Juliano Ferreira, da Icap Brasil, que destaca o fato de Marina já ter concorrido à Presidência e, por isso, ser mais conhecida entre os eleitores.

“Evidentemente ela é mais conhecida. Todo esse cenário é negativo para Dilma Rousseff. Uma pessoa de maior expressão poderá incorporar mais a ideia de que uma mudança na política seja necessária e que Dilma não seria a pessoa certa para endereçar essas mudanças. O eleitor indeciso com certeza migraria com mais facilidade para Marina Silva”, destaca relatório da Icap Brasil.

Em relação a Aécio Neves, Ferreira disse que a situação também tende a se complicar, caso a ex-senadora assuma o papel de candidata do PSB a presidente. Segundo ele, é bem provável que o “split” de Marina para Aécio seja melhor do que a da ex-ministra para Serra em 2010, já que o momento é outro (maior insatisfação). “O problema é que Marina consegue criticar o PSDB de forma bastante dura, nos mesmos moldes que faz contra o PT”, explicou.

De acordo com o economista, o total de eleitores que ainda não sabem em quem votar é muito alto em diversas regiões. “Uma migração dos eleitores indecisos para Marina pode fazer com que as chances de Aécio no segundo turno também diminuam”, afirmou, acrescentando que o momento é bastante delicado e de muita insegurança sobre o que pode acontecer daqui para frente.

A coligação do PSB tem dez dias para apresentar nova composição da chapa, se quiser se manter na disputa pela Presidência da República.

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