O Governo do Estado iniciou nesta quinta-feira (03/05) a implantação da segunda Unidade Paraná Seguro (UPS) em Curitiba. Cerca de 300 policiais militares e civis, com apoio da Guarda Municipal, ocuparam o bairro Parolin desde as 6 horas para cumprir mandatos de busca e apreensão. A região é uma das mais violentas da capital.
No meio da tarde, foi realizada uma operação do grupo de Ação Integrada de Fiscalização Urbana (AIFU), que é coordenado pela Secretaria da Segurança Pública e envolve as Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Conselho Tutelar, Justiça Estadual e outros órgãos de fiscalização do município.
O grupo fez uma varredura pelo comércio local para verificar a existência de armas e drogas, regularidade de alvarás e venda irregular de bebidas e cigarros para menores de idade. A PM adiantou que durante a ocupação foi aprendido um quilo de pasta base de cocaína, pedras de crack e máquinas de caça-níquel. O balanço geral da operação será apresentado nesta sexta-feira.
Em visita ao interior do Estado, o governador Beto Richa afirmou que a instalação da nova UPS significa a retomada de uma área importante para a cidade, onde vivem pessoas de bem, mas que estava dominada pela criminalidade. “As forças policiais permanecerão no local para levar tranqüilidade aos moradores e um grupo especial de militares será fixado no bairro para desenvolver o trabalho de polícia comunitária”, afirmou.
Segundo Richa, novas UPS serão instaladas ao longo do ano dentro do processo de combate ao crime, com prioridade para as regiões mais violentas da capital. A previsão da Secretaria de Segurança Pública é implantar ao menos 10 unidades em Curitiba. A primeira foi instalada no bairro Uberaba, em março. “Vamos levar esta medida também para as cidades do interior”, disse Richa.
O secretário da Segurança, Reinaldo de Almeida César, reforçou que a UPS não é apenas um projeto de policiamento, mas de melhoria da vida comunitária e de integração entre governo e sociedade, com a recuperação de um espaço urbano. “A presença da polícia contribui para a implementação de programas e políticas públicas para melhorar a vida das pessoas”, afirmou.
Almeida César explicou que para a implantação da UPS as forças de segurança realizam ações de inteligência, com planejamento, monitoramento da área e prisão de criminosos para a entrada efetiva da polícia. De acordo com o subcomandante-geral da Polícia Militar, coronel César Santos, o trabalho de ocupação do Parolin foi iniciado na quarta-feira, quando já foram cumpridos mandatos de prisão.
Aprovação – A implantação da primeira Unidade do Paraná Seguro no bairro Uberaba, em Curitiba, foi aprovada por 92,2% da população da capital, segundo pesquisa apurada pelo Instituto Paraná Pesquisas.
Na primeira UPS trabalham 60 PMs especialmente treinados dentro do conceito de polícia comunitária. Cada um deles cuida de uma determinada área do bairro, pela qual é responsável pelo atendimento direto às demandas da população. O comando da unidade é da primeiro-tenente Caroline Costa, com supervisão da tenente-coronel Karin Krasinski, comandante do 20º Batalhão da Polícia Militar.
No Parolin, 30 policiais militares serão designados para a mesma tarefa em razão do território ser menor. Para aproximar as forças de segurança da comunidade, os policiais devem percorrer as ruas e se apresentar aos moradores. Também farão um cadastramento de famílias e do comércio, para que possam ser acionados em caso de necessidade.