por Guilherme Becker
reportagem RIC Record TV Maringá

O comerciante Adriano Rosa, de 34 anos, conversou nesta quarta-feira (8) com a equipe da RIC Record TV Maringá sobre a abordagem que sofreu da Guarda Municipal (GM). Um dia depois das imagens viralizarem nas redes sociais, o homem comentou que após ir a delegacia registrar boletim de ocorrência acabou sendo enquadrado e levado para uma cela. Somente após o prefeito Ulisses Maia pagar fiança, o comerciante foi liberado.

No mesmo dia, após a abordagem da Guarda Municipal e de fiscais da Prefeitura, o prefeito repudiou a atitude dos profissionais. “Não aceito, não tolero e sou absolutamente contra qualquer tipo de violência. O episódio é inaceitável”, afirmou Ulisses Maia.

Comerciante relata humilhação

Adriano é filho do proprietário do lava jato e mora na casa localizada no fundo do terreno. Nesta terça-feira (7) o homem deixou que fiscais da Prefeitura e guardas municipais entrassem no estabelecimento para verificar se o com comércio estava em funcionamento. Mesmo com o comerciante informando que não trabalhava há 20 dias, os fiscais informaram que ele seria multado.

Indignado com a denúncia, Adriano iniciou uma discussão com os agentes e acabou sendo rendido. Após passar mal, o homem que é hipertenso e possui a Síndrome do Pânico, foi até uma delegacia para registrar boletim de ocorrência, entretanto, o delegado do local enquadrou o comerciante por desacato, resistência, destruição de patrimônio público e por não cumprir decreto municipal. 

“Me senti humilhado, me colocaram em uma cela como se fosse um bandido. Eu sou trabalhador”, desabafou o comerciante.

Para ser liberado da prisão, Adriano contou com apoio do prefeito da cidade que pagou a fiança de R$ 1 mil, segundo o comerciante. Confira mais detalhes:

Entenda o caso

Fiscais e guardas da GM foram às ruas nesta terça-feira (7) para fiscalizar os comércio que não estavam cumprindo o decreto. Em um lava jato, na Avenida Pedro Taques, no Jardim Alvorada, um fiscal solicitou o alvará do estabelecimento após encontrar alguns homens sentados em frente ao comércio e um carro estacionado no local.

De acordo com testemunhas, um dos fiscais alegou que o local seria autuado, então teve início a confusão. O filho do proprietário informou que eles não estavam trabalhando, apenas estavam ali pois moravam na casa no fundo. Mas a discussão ganhou proporções, os guardas imobilizaram o homem e houve uma grande aglomeração de pessoas.

Em determinado momento, o filho do dono do estabelecimento chegou a cair no chão. Na sequência chegou a PM e uma ambulância do Samu. O comerciante não precisou ser levado ao hospital e foi direto a delegacia para registrar boletim de ocorrência, porém, acabou sendo detido.

No mesmo dia, o prefeito de Maringá repudiou a atitude dos profissionais, confira a nota na íntegra:

 

8 abr 2020, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 16h10.
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