O faturamento do comércio varejista no Paraná aumentou 11,6% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, acima da média nacional, de 9,1%, e do resultado obtido por Santa Catariana e Rio Grande do Sul.

Os números foram divulgados nesta quinta-feira (13), na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O desempenho do Paraná foi o melhor entre os estados do Sul, puxados pelos segmentos de livros, jornais, revistas e papelaria (27,1%), veículos, motocicletas, partes e peças (25,5%), material de construção (20,9%), combustíveis e lubrificantes (14,4%) e artigos farmacêuticos e de perfumaria (13,7%).

No primeiro quadrimestre, a performance do comércio paranaense teve variação de 8,6% das vendas reais, frente aumento de 5,1% para o Brasil. As principais contribuições positivas vieram da venda de veículos, motocicletas, partes e peças (16,8%), artigos farmacêuticos e de perfumaria (11%), combustíveis e lubrificantes (10,3%), material de construção (9,3%) e artigos de uso pessoal e doméstico (9,3%).

No acumulado de 12 meses, terminados em abril, as vendas aumentaram 8,3%, enquanto a média nacional ficou em 7,7% na média nacional. O Paraná teve a segunda melhor alta entre os estados do Sul e Sudeste, atrás apenas do Rio Grande do Sul (9%). O é decorrente da comercialização de artigos de uso pessoal e doméstico (16,6%), artigos farmacêuticos e de perfumaria (16,1%), veículos, motocicletas, partes e peças (13,3%) e combustíveis e lubrificantes (10,6%).

RESTRITA – Na mensuração restrita (que não considera os ramos de veículos, motos e material de construção), o volume de vendas no Paraná registrou expansão de 0,7% em abril, 3,2% no quadrimestre e 6,3% em doze meses. Na média dos outros estado pesquisados, o faturamento comercial cresceu 1,6% no mês, 3% de janeiro a abril e 6,4% em doze meses.

A economista Ana Silvia Martins Franco, do Núcleo de Macroeconomia e Conjuntura, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), acredita que os resultados traduzem o bom desempenho do agronegócio, aliados ao vigor do mercado de trabalho regional, que segue gerando empregos com maiores rendimentos, especialmente no interior do Estado.

“Os resultados positivos devem permanecer ao longo de 2013, pela combinação da renda criada pela supersafra de grãos e a política de atração de investimentos e da valorização do setor produtivo, por conta do Programa Paraná Competitivo e dos impactos das obras de infraestrutura, sobretudo na malha de transportes, realizadas pelo governo estadual”, afirma Ana Silvia.