A criança que viu sua madrasta ser morta dentro de um carro em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, no início da noite desta quarta-feira (16), por volta das 18h30, estava com respingos do sangue da vítima e presa na cadeirinha infantil, segundo contou uma testemunha. 

Beatriz Stefanichan de Almeida Santos, de 25 anos, foi localizada já sem vida em um riacho, a cerca de 20 metros do veículo. Em um primeiro momento, foi divulgada a informação de que ela era a mãe do menino, de 4 anos, mas, posteriormente, foi confirmado que, na verdade, ela era casada com a mãe da criança

Testemunhas que encontraram a criança

A testemunha, que não quis se identificar, explicou que ela e o marido estavam chegando em casa, no fim da tarde, quando viram um veículo passar em alta velocidade e entrar em um terreno nas proximidades. Os dois estranharam a situação e voltaram minutos depois a pé até o terreno, que fica na rua Rotterdan, no bairro Holandez, na divisa com o município de São José dos Pinhais. Lá, eles se depararam com o o menino sozinho dentro do carro

“Eu falei a gente deixa o carro e volta andando pra ver o que tá acontecendo porque não foi normal. Quando a gente chegou ali, a gente viu criança, só tava o menino, ele tava todo cheio de sangue, mas a gente não viu ferimento nenhum, a gente não mexeu na criança porque a gente ficou com medo”, disse. 

Ela ainda contou que tentou falar com o menino, mas sem sucesso. “A gente falou cadê teu pai, cadê tua mãe, mas não dava pra entender o que ele falava. Ele tava até tranquilo, mas apontava pra frente. Talvez, onde a mãe tinha saído do carro ou que levaram, não sei”, declarou. 

A criança foi encontrada sozinha dentro do carro. (Foto: Reprodução/RIC Record TV)

O casal, assustado com a cena, chamou a polícia e, pouco depois, agentes da Força Nacional chegaram ao local. Foi então que os policiais seguiram o rastro de sangue e encontram a vítima. 

Causa da morte

A causa da morte não foi confirmada, mas Beatriz apresentava vários ferimentos por arma branca, estava com as mãos amarradas e apresentava ferimentos no rosto, indicando que também foi agredida. Além disso, foram encontradas sacolas plásticas próximas ao corpo. 

Motivação do crime

O delegado Antonio Macedo de Campo Junior, responsável pelo caso, afirmou que ainda não é possível saber o que motivou o crime bárbaro. Segundo ele, o pai de Beatriz e a esposa e mãe da criança foram ouvidos, mas consternados, não conseguiram passar muitas informações que pudessem ajudar no caso. 

“A princípio, estamos investigando porque foi muito recente, temos uma ou duas linhas de investigação que tem que ser acompanhadas. Eu acho prematuro fazer afirmações”, declarou. 

O delegado também pontuou que acredita que o criminosos fugiram a pé porque o carro caiu em um pequeno barranco, o que dificultou sua saída. O veículo foi periciado e apresenta inúmeras respingos e marcas de sangue, tanto na parte dianteira, como na traseira.

17 out 2019, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 15h11.
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