por Redação RIC.com.br
reportagem RIC Record TV, Curitiba

A Polícia Civil segue investigando o caso do jovem Paulo Roberto Nunes, de 25 anos, que confessou ter matado o próprio pai neste final de semana, em Paranaguá, no litoral do estado. Segundo a investigação, o suspeito revelou que disparou com uma arma de fogo antes de incendiar a residência onde a vítima estava.

A delegada da Polícia Civil, Samia Coser, informou que a promotoria de Matinhos irá pedir intervenção para manter Paulo Roberto Nunes preso também pelo crime cometido em 2016, contra um padre. 

“Ciente dessa grave situação que aconteceu, que ele teria praticado esse novo homicídio, a promotoria aqui de Matinhos fará uma intervenção e também pedirá a prisão dele nesse homicídio praticado no ano de 2016”, contou Samia.

Antes do crime contra o pai, o jovem postou uma publicação nas redes sociais revelando detalhes sobre o crime de 2016. Segundo Paulo Roberto, o padre que ele assassinou realizava abusos sexuais nele durante a infância. Ainda de acordo com a postagem, o pai, que ele confessou ter matado neste final de semana, abusava da irmã e por isso ele tomaria a atitude.

Delegada comenta novo crime em Paranaguá

O corpo de Carlos Roberto Nunes, de 55 anos, foi encontrado carbonizado dentro de uma casa em Paranaguá, no litoral do estado. De acordo com vizinhos, alguns barulhos semelhantes a disparos de arma foram ouvidos antes de perceberem uma fumaça saindo da residência. Quando o Corpo de Bombeiros chegou, a vítima foi encontrada carbonizada dentro de um cômodo.

“O que se sabe apenas é que houve um incêndio no local, porém, ele (o filho) teria dito aos policiais que desferiu alguns tiros contra o pai dele antes de queimar o corpo. Mas em razão da situação que estava naquele momento, isso ainda não foi confirmado, se realmente ele matou o pai dele a tiros e depois colocou fogo na residência ou então se ele matou de outra forma e colocou fogo na residência posteriormente”, revelou a delegada.

Após o crime, o jovem foi preso quando ameaçava se jogar de uma passarela. Após a prisão, os policiais descobriram que Paulo Roberto já havia cometido outro crime de homicídio no litoral paranaense.

“O que a gente fez foi fazer contato com algumas pessoas que trabalharam neste procedimento na época e que confirmaram que já naquele momento ele confessou a prática do crime, contra o padre Lucas, e já à época ele mencionou que era vítima de abusos sexuais, que havia sido vítima de abusos sexuais por parte deste padre na infância. A época, como ele só tinha cometido contraversões, só tinha praticado crimes de menor potencial entendeu-se que não havia necessidade dele responder preso pelo delito de homicídio”, esclareceu a delegada sobre o fato do jovem estar solto.

Agora, Paulo Roberto deve permanecer preso. Para este mês de junho, estava agendada uma nova audiência sobre o crime de 2016. 

Confira mais detalhes:

26 maio 2020, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 14h42.
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