Defesa de delegado que matou esposa e enteada fala em "depressão e desencontro de casal"

Publicado em 5 mar 2020, às 00h00.

A defesa do delegado da Polícia Civil do Paraná, Erik Busetti, 45 anos, preso em flagrante nesta quinta-feira (5), depois de confessar o assassinato da esposa e da enteada, falou em “depressão e desencontro de casal”.

De acordo com Claudio Dalledone Junior, que defende Busetti, o delegado não tinha condições físicas e psicológicas de efetivamente contar o que aconteceu na noite desta quarta-feira (4), quando a escrivã Maritza Guimarães de Souza, 41 anos, e a filha dela, Ana Carolina de Souza, 16 anos, foram mortas.  

Segundo Dalledone, existem três hipóteses que estão “flutuando” sobre o que realmente aconteceu. “É uma fase de apuração, tanto da polícia quanto da defesa; de identificar personagens; avaliar as circunstâncias das hipóteses”, diz.

O advogado disse que o cliente sofre de “uma profunda depressão”, e que o Brasil e o Paraná têm uma tropa de policiais doentes.

Dalledone também citou a mãe, o pai e o irmão do delegado como testemunhas, ao revelar que Erik Busetti manteve contatos telefônicos com eles poucos minutos antes do crime.

Sem uma estratégia de defesa específica divulgada, Dalledone disse que o delegado será avaliado por um psicólogo e um psiquiatra para elaboração de um laudo; e que Busetti apresentava lesões e estava com a camiseta rasgada.

A camiseta, segundo a defesa, foi apreendida para ser periciada. O delegado passou por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).