Delegado suspeito por torturas no caso Tayná é preso em rodovia

O delegado Silvan Rodnei Pereira era o titular da delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, e acabou detido na rodovia BR 277 próximo a Laranjeiras do Sul. Pereira era considerado foragido desde o início desta sexta-feira (19) e foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal. Ele é indiciado por participar de tortura aos suspeitos pela morte da menina Tayná. O delegado deve ser encaminhado a Curitiba.

Ele é um dos policiais apontados como responsáveis por torturar os quatro suspeitos presos inicialmente, depois de confessar a autoria do crime, e que tiveram a liberdade provisória decretada na última segunda (15). O mandado de prisão contra o delegado e mais 13 policiais foi protocolado na última quarta-feira (17), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em conjunto com a Corregedoria da Polícia Civil do Paraná.

O Sindicato dos Delegados de Policia emitiu nota pública, repudiando a forma diferenciada de tratamento aos integrantes da polícia judiciária, afirmando que, recentemente, policiais do próprio GAECO foram acusados de tortura e que o caso não tomou as devidas proporções, e que o próprio órgão se encarregou de investigar as denúncias contra seus próprios agentes, sendo que ninguém foi preso neste caso.

A nota afirma ainda que, no caso da prisão dos integrantes da Polícia Judiciária, não existem elementos autorizadores da prisão preventiva. Neste caso, o reconhecimento fotográfico é uma prova irrelevante, pois é óbvio que todos os agentes que participaram das diligencias visando apurar a morte da adolescente Tayná seriam reconhecidos, fato este que qualquer pessoa de inteligência mediana deveria compreender.

O comunicado, assinado pelo presidente Jairo Estorilio, termina afirmando que o sindicato defende a punição de qualquer policial que tenha praticado desvios de conduta, mas a presunção de inocência não pode ser esquecida, mesmo quando o acusado é um policial.

19 jul 2013, às 00h00.
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