Dengue: a cidade de Toledo está de olho nesta ameaça

Publicado em 23 mar 2020, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 16h28.

O novo coronavírus é o assunto do momento, mas tem outra ameaça rondando as casas e empresas de Toledo: o Aedes aegypti. Embora seja um velho conhecido de todos nós, os casos de doenças causadas por este mosquito, sobretudo os de dengue, multiplicaram-se neste verão.

Segundo o Ministério da Saúde, o mosquito transmitiu dengue a 1.544.987 pessoas (782 morreram em virtude da doença) em 2019, número 488% maior do que o registrado no ano anterior.

De 28 de julho de 2019 até 10 de março de 2020, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou 52.652 casos de dengue (37 resultaram em óbito) no Paraná, número quase 55 vezes maior que no mesmo período do ano passado. Toledo está em situação de emergência, com 392 casos confirmados e 150 sob investigação, mas a administração municipal quer evitar que a situação se agrave, como nas 124 cidades paranaenses que estão em estado de epidemia, nove localizadas na área de cobertura da 20ª Regional de Saúde:

  • Assis Chateaubriand
  • Guaíra
  • Marechal Cândido Rondon
  • Ouro Verde do Oeste
  • Palotina
  • Pato Bragado
  • Quatro Pontes
  • Santa Helena
  • Tupãssi

A Prefeitura de Toledo, por meio do Departamento de Combate e Controle de Endemias, tem atuado diuturnamente em vários bairros e distritos para fiscalizar imóveis, eliminar criadouros (reais e potenciais) do Aedes e orientar a população sobre os cuidados que todos precisam ter para ficar livre desta ameaça.

Levando em conta o aumento da demanda em unidades de saúde, decreto do chefe do Executivo Municipal cancelou férias de servidores da saúde e suspendeu a realização de reuniões e treinamentos a fim de que todo o efetivo esteja à disposição dos toledanos.

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(FOTO: DIVULGAÇÃO)

O cuidado é responsabilidade de todos

Além das políticas públicas em saúde, o governo municipal também age no âmbito da comunicação, iniciando no fim de janeiro uma campanha em que os perigos da dengue ficam muito evidentes por meio de uma linguagem realmente assustadora.

Um mosquito da dengue vestido de anjo da morte carregando uma foice cheia de sangue é o protagonista das peças visuais, as quais não deixam dúvidas do potencial de letalidade do Aedes aegypti.

Por isso, o combate a este inseto tem que ser constante e de cada cidadão, não somente da prefeitura. Uma vez por semana, cada cidadão deve fazer uma “geral” em seu imóvel, retirando a água acumulada de:

  • Pneus
  • Garrafas
  • Vasos de plantas
  • Calhas
  • Pratos de alimentação de animais
  • Caixas d´água
  • Cisternas
  • Outros recipientes

Assim, evitando a reprodução do Aedes aegypti, é possível deixar a dengue bem longe de nossa família. Faça sua parte!