As duas crianças sumiram de suas casas em junho de 2017 no Paraná e nunca mais foram vistas
Os desaparecimentos de duas crianças no Paraná completam oito meses em fevereiro. Luiz Felipe Machado e Brayan Raab Fonseca sumiram em junho de 2017 e até hoje não foram encontrados. A Polícia Civil continua investigando as denúncias, mas, até agora, não houve nenhum desdobramento. Por seu lado, as famílias não perdem as esperanças de acharem os pequenos.
Luiz Felipe Machado
A família procura por Luiz Felipe. (Foto: Arquivo Pessoal)
Luiz Felipe Machado, de dois anos e nove meses, desapareceu por volta das 18h do dia 26 de julho, enquanto brincava em frente de casa, no bairro São Luiz, em Telêmaco Borba, nos Campos Gerais do Paraná. A primeira hipótese levantada pela Polícia, era de que a criança tinha caído dentro d’água, já que a residência da família fica a cerca de 500 metros do Rio Tibagi.
A suposição foi descartada quando cães da corporação não encontraram rastros da criança em direção ao rio. “Três cães foram usados para tentar rastrear a direção dela. Os animais só farejaram nas áreas onde ele circulava, em torno da casa e na direção das casas dos avós” afirmou a tenente Keyla Karas Soltes, do Corpo de Bombeiros de Telêmaco Borba, que comandava as buscas na época.
A margem do rio é de difícil acesso, uma região de mata, e a criança morava em uma rua muito movimentada. As investigações acreditam que, por ele ser pequeno, além de demorar para chegar ao rio, vizinhos teriam visto ele andando sozinho. Uma denúncia apontando que Luiz teria passado pela cidade de Sapopema, que fica a 82 km de Telêmaco, foi a mais concreta. Foi investigada, mas o caso continua sem respostas.
“Na época do seu desaparecimento seus pais, Lucimara dos Santos Machado e Rodrigo Machado, afirmaram ter a certeza de que o filho voltaria para casa. Estamos fazendo muitas orações. Deus tem falado que ele vai voltar”, disse a mãe.
“Não tem mais o que a gente possa fazer. Percorremos a cidade colando fotos dele. Perguntamos para todos os vizinhos. A Polícia disse que ainda tá ouvido moradores, mas não sabemos de mais nada. É muita angústia. Agora só podemos esperar e confiar em Deus”, disse Lucimara.
O casal tem outras duas meninas, de 8 e 11 anos.
“É uma rua muito movimentada do bairro, com muitos vizinhos. Ele é pequeno, e teria demorado para chegar até o rio. Com certeza alguém teria visto. Além disso, a margem do rio é de difícil acesso, uma região de mata”, disse a tenente Keyla Karas Soltes, do Corpo de Bombeiros de Telêmaco Borba, uma das responsáveis pelas buscas.
Últimos passos
No dia do desaparecimento, Luiz Felipe brincava de pipa com o pai, Rodrigo Machado, em frente de casa. Ele disse que foi chamado para ir até a residência da mãe, que fica próxima a casa, e deixou o menino com a irmã mais velha, de 8 anos. Uma vizinha contou que viu o Luizinho sendo chamado pela irmã.
“A menina entrou em casa, mas ele não acompanhou. Depois disso o pai voltou e perguntou onde o filho estava, e todos começaram a procurar”, contou a delegada Iara Laureck Dechiche, na ocasião.
Brayan Raab Fonseca
Brayan nunca mais foi visto pelos familiares. (Foto: Arquivo Pessoal)
Já Brayan Raab Fonseca, de apenas um ano e onze meses, desapareceu no dia 19 de julho, em Cerro Azul, na Região Metropolitana de Curitiba. Como no caso anterior, o pequeno Brayan também morava perto de um rio, o Ribeira, e estava brincando quando desapareceu.
Na época, os pais estavam mexendo com lenha no quintal e sentiram falta do menino. O casal saiu pela vizinha, mas não o encontraram. Um vizinho chegou a dizer que viu marcas às margens do rio, que podem ter sido deixadas por Bryan. Diversas denúncias chegaram à Polícia Civil, mas nenhuma delas era verdadeira.
O Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), do Corpo de Bombeiros, utilizou os cães da corporação para tentar localizar rastros do menino e por mais de 20 dias manteve as buscas no rio, mas não obteve sucesso. “Como a criança morava na casa, e frequentava toda a redondeza, os cães rastrearam o cheiro dele por toda a parte. Nós imaginávamos que isso fosse acontecer”, explicou o Capitão Daniel Lorenzetto, comandante do Gost.
Muitas pessoas entraram em contato com notícias falsas e até videntes ligaram para a família, mas nenhuma delas levou ao menino desaparecido. Entre os vários boatos, circularam nas redes sociais fotografias que seriam do menino, no entanto, ao serem verificadas pela polícia foram identificadas como falsas.
A hipótese de que ele tenha caído no Rio Ribeira foi descartada. (Foto: Luciano Chinasso/RICTV Curitiba)
Sicride
A escrivã do caso afirmou que todas as informações que chegam ao Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) são averiguadas, mas nada de concreto surgiu até agora. A possibilidade de que as duas crianças tenham caído dentro do rio, foram descartadas.
Qualquer informação a respeito das duas crianças podem ser repassadas à polícia pelo telefone 190 ou pelo número do Sicride: (41) 3224-6822.
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