Candidatos, no entanto, divergem quanto à dinâmica a ser aplicada no setor, que passa por crise e possibilidade de racionamento em alguns estados
Os três candidatos mais bem colocados na disputa presidencial concordam com a necessidade de estabelecer marcos legais que favoreçam a atração de recursos privados para a área de energia, segundo diretrizes de seus planos de governo entregues à Justiça Eleitoral. Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) divergem, contudo, quanto à dinâmica a ser empregada no setor, que foi foco de atenção nos últimos meses diante da possibilidade racionamento de energia em razão do baixo nível de reservatórios das usinas hidrelétricas.
O programa de reeleição de Dilma traz uma única promessa na área: manter o processo de expansão, ampliação e modernização na geração e transmissão. Constam, entre outras coisas, a retomada da construção de usinas hidrelétricas, com aumento de 60% da capacidade na comparação com o início do governo petista, em 2003, a criação do Programa Nacional do Biodiesel, a renovação das concessões de usinas e a ampliação das linhas de transmissão. O plano cita a redução do custo de energia.
Contrapondo-se à concisão do PT, o programa de Aécio tem 32 itens, sempre com o uso de termos como “ampliação” e “garantia de eficiência”. O tucano fala em “melhoria da governança das empresas estatais e instituições setoriais”. Promete implantar formas de assegurar “transparência” e “previsibilidade” na formação de preços e tarifas.
As diretrizes de Campos atacam a gestão petista no setor elétrico e dizem que a geração de energia “está concentrada em fontes hídricas, o que tem comprometido a segurança energética e apresentado desafios socioambientais importantes, a serem superados”.
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