Dilma frisou que a reforma ministerial em curso tem caráter estruturante e confirmou que deve reduzir dez ministérios

Em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (24), a presidente Dilma Rousseff negou qualquer possibilidade de afastamento do ministro da Fazenda Joaquim Levy. Questionada se havia fundamento nos rumores que assombraram o mercado financeiro durante o dia, presidente foi categórica: “Isso é mentira”.

Dilma frisou que a reforma ministerial em curso tem caráter estruturante e confirmou que “à primeira vista” pretende reduzir dez ministérios. “Vamos passar todos os ministérios a limpo”, afirmou ela, adiantando que haverá também redução de secretarias em ministérios que não serão extintos.

“Até setembro anunciaremos os ministérios que serão cortados”, declarou a presidente. Dilma ainda aproveitou a conversa para reafirmar seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Minhas relações com Lula são as mais próximas. Quem tentar me afastar dele não conseguirá”, disse, classificando como um “desserviço” os ataques ao ex-presidente. “Botar bomba no Instituto Lula; fazer aquele boneco (Lula vestido de presidiário na manifestação do dia 16) é um desserviço para o País.”

Cargos comissionados

A presidente Dilma afirmou que a reforma ministerial vai enxugar em torno de 5% o total de cargos comissionados (de livre nomeação e exoneração na gestão pública). “A reforma ministerial vai extinguir cerca de mil, dos cerca de 22,5 mil cargos comissionados”, avaliou.