A presidente Dilma Rousseff foi alvo de protestos quando entregou a taça de campeão da Copa do Mundo ao capitão da seleção alemã, Philipp Lahm, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Dilma já havia sido hostilizada cinco vezes durante e após a decisão do Mundial de futebol.

O Planalto tentou blindar a presidente e a “blindagem” foi organizada após as ofensas que recebeu por parte da torcida no jogo de abertura, na Arena Corinthians, em São Paulo. A presidente desistiu de ir aos demais jogos da Copa e existia até mesmo uma dúvida se ela entregaria o troféu. Ontem, mesmo com uma boa parte das cadeiras do estádio ocupada por estrangeiros, as vaias voltaram.

A cerimônia simbólica de passagem para a Rússia o comando da realização da Copa de 2018 foi feita de forma privada entre Dilma, o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente da Fifa, Joseph Blatter. A Fifa divulgou fotos e um comunicado, mas sem qualquer presença da imprensa ou do público.

Dilma não viu a cerimônia de encerramento da Copa no Maracanã, realizada antes da partida, e deixou sozinhos na tribuna de honra do estádio Putin e a chanceler alemã, Angela Merkel, além de outros chefes de Estado.  A presidente do Brasil só entrou na tribuna quando faltavam 10 minutos para o início da decisão, no jogo em que a Alemanha venceu a Argentina por 1 a 0, na prorrogação.

Os telões do estádio, como já estava combinado, não mostraram a chegada nem nenhuma imagem da petista durante todo o jogo. Durante o segundo tempo da partida, houve as primeiras manifestações contra a presidente, com cânticos ofensivos, como já havia ocorrido na abertura do Mundial, no Itaquerão. Depois disso, ela recebeu vaias após o jogo, quando sua imagem apareceu nos telões, durante as premiações aos melhores da Copa e à seleção campeã.

Numa atitude que não passou de protocolar, Dilma ficou com o troféu em mãos por apenas três segundos e foi colocada atrás dos atletas alemães. Mas foi o bastante para a volta das ofensas. Toda vez que Dilma era vista nos telões, uma música alta se misturava às vaias.

Alívio

Para o Palácio do Planalto, porém, a manifestação da torcida ontem no Maracanã foi recebida com alívio. A avaliação é que as hostilidades, já esperadas, em nada se assemelharam ao que aconteceu no jogo de abertura do Mundial.

Na cerimônia de passagem do comando da organização da Copa para Putin, Dilma exaltou a organização do Mundial. “Só não foi perfeita porque o hexacampeonato não veio”, disse a presidente, em discurso.

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