Distimia: sinais na terceira idade podem indicar depressão

Publicado em 7 fev 2020, às 00h00.

Se a tristeza é normal, quando é hora de se preocupar com problemas mais graves? Essa é uma das maiores dúvidas das pessoas com relação à Distimia, também chamada de Transtorno Distímico. A doença é diferente da depressão e é caracterizada por aquelas pessoas desanimadas e que costumam ser vistas como “azedas”, especialmente na terceira idade. Para um bom tratamento, é preciso ficar atento aos sinais e procurar a ajuda dos profissionais certos.

A Distimia pode ser definida como humor deprimido. Geralmente acomete aquela pessoa famosa por reclamar de tudo e que raramente comemora fatos alegres da vida. É muito comum em pessoas acima dos 60 anos, mas passa despercebida exatamente por parecer um simples sinal da idade. O problema é que a doença diminui a qualidade de vida e afeta relações em todas as esferas e convívios do doente. 

Familiares devem prestar atenção ao comportamento do idoso

Assim como a depressão, a Distimia também não é facilmente diagnosticada. Isso porque muitas pessoas veem essa visão negativa do mundo como algo inerente à terceira idade, o que não é verdade.

Pessoas que apresentam o transtorno até conseguem realizar as atividades do dia a dia, mas veem as tarefas como fardos e costumam reclamar com frequência. O que parece chatice, no entanto, é uma tristeza profunda e uma grande falta de motivação para viver de forma mais leve. 

O distímico costuma a se sentir inadequado e irritado grande parte do dia. Além disso, pode ser desconfiado e tende a se queixar de um sentimento de “vazio interno”, difícil de ser preenchido. 

Tratamento multidisciplinar é a melhor opção

Para ser diagnosticada, a Distimia precisa ser avaliada por um psiquiatra ou um psicólogo clínico. É importante que o profissional seja especializado no assunto, já que muitas vezes a condição pode ser confundida com depressão ou Transtorno de Bipolaridade. 

O paciente precisa relatar com fidelidade seus sentimentos, assim o especialista consegue fazer um diagnóstico mais certeiro. Ainda assim, familiares e pessoas próximas podem ajudar a relatar as condições e as variações do humor do paciente.

O tratamento inclui psicoterapia e medicamentos receitados pelo médico psiquiatra. A duração varia de acordo com a intensidade do transtorno e com a evolução da psicoterapia. A alta acontece a partir do momento que o paciente relatar mais motivação e menos desânimo para viver. 

A cura da Distimia melhora as relações do paciente com os familiares e amigos, além de aumentar a produtividade do idoso no trabalho e nas suas atividades do dia a dia.