Doenças na infância: os principais perigos em não vacinar o seu filho

por Carol Machado
da equipe de estágio RIC Mais, sob supervisão de Larissa Ilaídes
Publicado em 29 maio 2020, às 00h00.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação em massa evita entre 2 a 3 milhões de mortes por ano. Além disso, evita as doenças na infância.

O Ministério da Saúde orienta a vacinação das crianças de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e todas as vacinas recomendadas no PNI estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em meio ao período desafiador de uma pandemia, é fundamental manter o calendário de vacinação em dia para prevenção contra doenças antes que elas apareçam.

Prevenção de doenças na infância

Segundo os médicos as crianças são mais propicias a muitas doenças devido ao seus sistema imunológico ainda não ser totalmente desenvolvido.

“Elas são mais suscetíveis a doenças infecciosas como meningite meningocócica, catapora, sarampo, coqueluche e pneumonia. Como forma de proteção, é necessário sempre manter o cartão de vacinação atualizado com as vacinas e doses recomendadas”, conta Dr. Jessé Alves, infectologista e gerente médico de vacinas da GSK.

E quais são os principais perigos em não vacinar as crianças? As doenças imunopreveníveis são potencialmente graves, em especial em lactentes e outros grupos vulneráveis, e podem até levar a óbito.

“Algumas doenças e o sofrimento que elas causam podem ser prevenidos com vacinas. O fato de não vacinar ou retardar a vacina das crianças faz com que elas fiquem desnecessariamente vulneráveis. As vacinas reduzem o risco de infecção, evitam o agravamento das doenças, internações e até mesmo óbitos, estimulando as defesas naturais do corpo, ajudando-o a desenvolver a imunidade”, afirma Dr. Jessé.

Além disso, os efeitos benéficos da vacinação contra algumas doenças não estão limitados somente às crianças e pessoas que foram imunizadas.

As altas coberturas vacinais permitem, na maioria das vezes, não somente proteção individual, mas também a proteção de toda a população, reduzindo a incidência de doenças e impedindo a transmissão para pessoas suscetíveis.

“Devido a alergias graves, doenças que debilitam o sistema imunológico ou outras razões, alguns bebês e crianças não podem receber determinadas vacinas. Para ajudá-los a se manterem protegidos e evitar a disseminação de doenças, é importante que as outras pessoas que estão em volta deste bebê sejam imunizadas”, alerta Dr. Jessé.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) possuem calendários de vacinação com recomendações que complementam o PNI, abrangendo também vacinas que atualmente só estão disponíveis na rede privada para a imunização de crianças e jovens.