Imagens mostram Eduardo Cunha se preparando para transferência

Publicado em 30 maio 2019, às 00h00.

Imagens registradas pela Band TV mostram o ex-deputado Eduardo Cunha andando pelo pátio do Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, durante a tarde desta quinta-feira (30), enquanto se prepara para ser transferido para o Rio de Janeiro. (Assista abaixo)

Imagens Eduardo Cunha

No vídeo o político aparece, acompanhando de um agente, trajando moletom e um boné. Nas mãos, Cunha leva vários papéis que seriam, segundo fontes, objetos de estudo que ele costuma ler na prisão.

Confira as imagens registradas pela Band TV:

Eduardo Cunha transferido

O ex-parlamentar – que está preso no Paraná desde outubro de 2016 – conseguiu na quarta-feira (29) a autorização da Justiça para a transferência e mudança para o estado onde vive sua família. Nos últimos anos, Eduardo Cunha, que já presidiu a Câmara e foi um dos homens mais poderosos do país, ficou encarcerado no CMP junto com outros condenados pela Lava Jato.

Privilégios no Rio de Janeiro

O Ministério Público Federal (MPF) havia se manifestado contra a mudança, alegando que Cunha ainda possui grande poder de influência política no Rio de Janeiro, o que poderia facilitar o cometimento de novos crimes mesmo de dentro da prisão.

No entanto, para o juiz Ronaldo Sansone Guerra, que autorizou a transferência, o argumento não é válido. “A transferência requerida não causa prejuízo à execução penal e contribui para ressocialização do sentenciado/requerente, circunstâncias que preponderam relativamente a eventual dano que possa decorrer de influência política e social do sentenciado”, sentenciou o magistrado.

Condenações

Cunha foi condenado pela primeira vez em 2017 pelo então juiz federal Sergio Moro a 15 anos e quatro meses de prisão, sob a acusação de ter solicitado propina para exploração da Petrobras em um campo de petróleo na África e ter recebido os recursos ilícitos em uma conta na Suíça.

Ainda em 2017, a pena foi reduzida para 14 anos e seis meses de prisão por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Em abril, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou um habeas corpus em que a defesa de Cunha pedia a revisão da pena.