Deputado Eduardo Cunha disse que se for evitar contratar advogados que trabalham para clientes que fizeram delação, “faltará advogado no mercado”

Pelo Twitter, o presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a negar os rumores de que estaria considerando a possibilidade de fazer delação premiadae rebateu reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo. “Essas ilações são mentirosas, porque não cometi qualquer crime e não tenho o que delatar”, escreveu.

Na coluna do Estadão de quarta-feira (15) e em matéria da edição desta quinta-feira (16), o jornal publicou que aliados e assessores jurídicos do presidente afastado da Casa dizem que ele passou a considerar a hipótese de colaborar com a Justiça por meio de uma delação premiada. 

A possibilidade de um acordo de delação de Cunha ganhou força após o peemedebista reforçar sua equipe de defesa com a contratação da advogada Fernanda Tortima, mesma advogada que ajudou o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado (PMDB), em seu processo de delação premiada.

“A dra. Fernanda Tortima presta serviços como advogada para mim faz muitos anos e não dá para misturar a relação dos seus clientes comigo. Não tenho qualquer conflito com clientes dela”, disse. “O advogado da minha esposa também tem clientes que participaram de delação, mas que não tem qualquer conflito comigo”, acrescentou.

Cunha também afirmou que se tiver que restringir advogados que trabalham para delatores,  “faltará advogado no mercado”. “Se formos ter de restringir que advogado que participa de delação não advoga para quem não participa, faltará advogado no mercado”, escreveu.