“Ele saiu para dar uma volta, sem volta”, diz pai de João Vitor vítima de atropelamento em Cascavel
Um homem desesperado, Willian é pai de João Vitor de 10 anos, que foi atropelado enquanto andava de bicicleta no Jardim Padovani, em Cascavel, no Oeste do Estado. O pai da criança falou com a equipe da RIC Record TV e contou sobre os dias difíceis que a família está passando.
“Todo dia eu vinha do trabalho. Ele vinha me encontrar.”
Willian Adriano Teixeira da Rosa – pai de João Vitor
Uma criança de muitos sonhos e sorrisos. Enchia de alegria o dia de quem estivesse por perto.
O que fica agora é o vazio. Não só no quarto, mas na vida da família. Na rua, o silêncio que um dia foi preenchido com brincadeira de criança. A bicicleta, que tinha sido o último presente, está esquecida. O amigo, que o acompanhava no dia do acidente, agora brinca sem companhia.
Tudo aconteceu a cerca de 500 metros de onde João morava. Ele seguia pela rua de bicicleta com os amigos, quando sofreu o acidente.
“Os meninos chegaram e chamaram ele, e pediu para dar mais uma volta de bicicleta. E eu deixei. Eles saíram ali na frente viram as luzes dos bombeiros e subiram para ver. E ele foi e não voltou. Uma voltinha que está sendo uma volta, sem volta, realmente, sem volta.”
Willian Adriano Teixeira da Rosa – pai de João Vitor
As luzes do Corpo de Bombeiros são estas. aparecem na imagem da câmera de segurança, segundos antes do atropelamento. O carro que passa, é o mesmo que poucos metros a frente atinge o João o menino teve uma parada cardiorrespiratória. foi levado às pressas ao hospital. Depois de três dias de UTI, ele não resistiu aos ferimentos.
“ A hora que me deparei com ele no chão, foi desesperador. No momento que o coração dele parou, eu só dobrei meus joelhos e pedi a Deus que não fosse mais sério.”
Willian Adriano Teixeira da Rosa – pai de João Vitor
Depois do acidente, o motorista prestou socorro à vítima. Além disso, fez o teste do bafômetro. o resultado foi negativo para o consumo de álcool. a polícia agora investiga o caso para identificar as circunstâncias do atropelamento e a velocidade do carro. Na rua, a placa indica 40 quilômetros por hora.
“ O que em princípio ocorreu, a bicicleta vinha por outra via, ela teria cruzado por trás de um caminhão do Corpo de Bombeiros e ingressado na outra via que seguia o carro. Segundo o que foi relatado a ação foi repentina, e o condutor não teve condição de desviar.”
Fernando Zormer, delegado, quando ele fala sobre a investigação
A família tenta aprender a lidar com a falta. os brinquedos espalhados pela casa carregam a memória que eles não querem perder.
