São Paulo, 1 – As exportações brasileiras de milho continuaram firmes em setembro e registraram nova alta expressiva na comparação com igual período de 2018. O País embarcou 6,501 milhões de toneladas no mês passado, 93,4% acima do volume de 3,36 milhões de toneladas enviadas ao exterior em setembro de 2018. Em comparação com agosto de 2019, quando o Brasil exportou 7,644 milhões de toneladas, o volume foi 14,9% menor.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 1º de outubro, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
O resultado reflete, em parte, o grande volume de negócios envolvendo a segunda safra do cereal de 2018/19, realizado com antecipação desde o ano passado. Em Mato Grosso, antes do início da colheita, no início de abril, mais de 58% da produção do Estado tinha sido vendida.
Os embarques também foram impulsionados pela alta dos contratos futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) e pela valorização do dólar ante o real em boa parte dos meses de julho e agosto, o que ajudou a dar suporte aos preços no Brasil e estimulou as vendas externas.
No acumulado do ano, o Brasil exportou 30,104 milhões de toneladas de milho, volume 138,4% superior aos 12,625 milhões de toneladas embarcadas nos nove primeiros meses de 2018.
A receita obtida com as vendas em setembro chegou a US$ 1,095 bilhão, ante US$ 590,5 milhões em igual período do ano passado (alta de 85,5%). Em relação a agosto, quando o faturamento atingiu US$ 1,338 bilhão, a receita registrou recuo de 18,1%.
Entre janeiro e setembro deste ano, os embarques de milho geraram uma receita total de US$ 5,308 bilhões, montante 148,5% superior ao faturamento de US$ 2,136 bilhões obtidos em igual intervalo de 2018.
O preço médio do cereal exportado, considerando-se 21 dias úteis do mês passado, foi de US$ 168,50 por tonelada, 4% menor do que os US$ 175,70 apurados em setembro de 2018 e 3,7% abaixo dos US$ 175,10 verificados em agosto de 2019.