Ex-policial acusado de estuprar e matar Renata Larissa vai a júri popular nesta terça-feira (3); relembre o caso
Está previsto para acontecer nesta terça-feira (3), o júri popular que irá julgar o ex-policial militar Peterson Cordeiro da Mota, acusado de matar Renata Larissa dos Santos, de 22 anos. A jovem desapareceu no dia 27 de maio de 2018, ao sair para encontrar Peterson, que havia conhecido em um aplicativo de relacionamentos. O corpo da vítima só foi encontrado mais de dois meses depois, em um matagal às margens da BR-376, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no dia 1º de agosto de 2018.
Na época do crime, Peterson era soldado da Polícia Militar do Paraná e estava lotado no 22º Batalhão da PM, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele teria marcado um encontro com a vítima e a levou até o estacionamento do Zoológico de Curitiba em maio de 2018. A partir disso, o celular de Renata Larissa perdeu o sinal e a jovem desapareceu. A família da jovem, desesperada, não sabia com quem ela havia saído e a polícia não tinha pistas sobre a localização da vítima ou do que teria acontecido com ela.
Peterson continuou trabalhando normalmente e, conforme as denúncias feitas para a Polícia Civil, cometeu abuso sexual contra outras mulheres durante o período em que ficou solto. As investigações chegaram até o PM depois de uma mulher que foi estuprada foi até a Delegacia da Mulher e registrou um boletim de ocorrência. Em uma perícia no celular do suspeito para investigar esta outra situação, a polícia encontrou fotos de Renata Larissa algemada com as mãos para trás e nua, sendo estuprada. Foram as imagens que indicaram que o ex-policial poderia ter relação com o caso.
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Apesar de estar detido, Peterson negou o crime. Somente dois meses depois, o corpo de Renata foi encontrado, após uma denúncia anônima. Em agosto, a jovem foi localizada morta em um matagal em São José dos Pinhais. Conforme informações da polícia, a vítima foi estrangulada e no seu pescoço estava um pano com dois nós. Devido ao estado de decomposição do corpo e o tempo desde o seu desaparecimento, Renata só foi reconhecida por familiares por uma tatuagem e um piercing. O Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba analisou as digitais da jovem e apenas assim pode oficializar que o corpo encontrado era mesmo de Renata Larissa dos Santos.
Mesmo com o corpo localizado, o suspeito nunca confessou o assassinato. Por conta de uma série de denúncias que foram feitas após a divulgação do caso de Renata por abuso sexual e estupro, Peterson foi expulso da Polícia Militar.