Londres, 3 – As exportações globais de café nos primeiros 11 meses do ano cafeeiro de 2018/2019 já superaram a marca de igual período do ciclo anterior, batendo um novo recorde, segundo o relatório mensal da Organização Internacional do Café (OIC), divulgado nesta quinta-feira, 3. O documento revela que o volume total enviado no período foi de 120,28 milhões de sacas, um incremento de 9,2% ante iguais meses da safra passada, que havia sido de 110,158 milhões de sacas.
No ciclo 2017/2018 completo as vendas externas tinham subido 2% sobre o período anterior e batido a maior marca até então, de 121,86 milhões de sacas. “As exportações no ano cafeeiro de 2018/19 estabeleceram um novo recorde e pressionaram ainda mais os preços”, considerou a instituição, que tem sede em Londres.
Os embarques de arábica de outubro de 2018 a agosto de 2019 são 11,3% superiores aos de 2017/18, com o aumento das exportações de Suaves Colombianos e Naturais do Brasil mais do que compensando os declínios nos envios de Outros Suaves. Os Suaves Colombianos aumentaram 8,6%, para 13,88 milhões de sacas, enquanto os Naturais Brasileiros cresceram 25,4%, para 38,57 milhões de sacas. A maioria dos Suaves Colombianos é exportada pela Colômbia e seus embarques aumentaram 7,8%, para 12,53 milhões de sacas, de outubro de 2018 a agosto de 2019.
Tanzânia e Quênia também enviaram mais café durante esse período, conforme a OIC, com suas exportações subindo 47,4% para 1,04 milhão de sacas. e 11% para 743.203 sacas, respectivamente. Um aumento de 31,1%, para 38,72 milhões de sacas, do Brasil liderou o crescimento dos embarques de produtos naturais brasileiros. No entanto, os embarques da Etiópia, o segundo maior exportador de naturais, diminuíram 4,8%, para 3,23 milhões de sacas.
As exportações de outros suaves caíram 4,1%, para 24,99 milhões de sacas, em outubro de 2018 a agosto de 2019. Os embarques diminuíram em seis dos dez maiores membros desse grupo durante esse período. As exportações de Honduras caíram 5,1%, para 6,57 milhões de sacas, as do Peru recuaram 7,3%, para 3,14 milhões de sacas, e as do México cederam 11,7%, para 2,53 milhões de sacas. “No entanto, as remessas da Guatemala durante este período aumentaram 5%, para 3,34 milhões de sacas, e as exportações da Nicarágua aumentaram 13,2%, para 2,64 milhões de sacas”, considerou a Organização.
Os embarques de robusta aumentaram 5,6%, para 42,84 milhões de sacas nos onze primeiros meses do ano cafeeiro de 2018/19. O Vietnã é o maior exportador mundial de café robusta e seus embarques totais aumentaram 3,9%, para 24,97 milhões de sacas. No entanto, as exportações da Índia caíram 5,6%, para 5,62 milhões de sacas, e as exportações da Indonésia diminuíram 9,8%, para 4,82 milhões de sacas. As exportações de Uganda permaneceram estáveis, aumentando 0,6%, para 4,09 milhões de sacas, em outubro de 2018 a agosto de 2019. Os embarques da Costa do Marfim cresceram 49,1%, para 1,62 milhão de sacas, o que mais do que compensa a queda de 8,4% nas exportações da República Democrática Popular do Laos , totalizando 323.291 sacas.
“Embora os embarques para o ano cafeeiro sejam maiores, as exportações em agosto de 2019 diminuíram 4% para 10,45 milhões de sacas em comparação com agosto de 2018”, salientou a entidade.
Os embarques de arábica diminuíram 2,3%, para 6,54 milhões de sacas, e os de Robusta caíram 6,6%, para 3,9 milhões de sacas. A queda nos embarques de arábica foi liderada por Outros Suaves, que caíram 15,3%, para 1,99 milhão de sacas em agosto de 2019, enquanto as exportações da Naturais Brasileiros permaneceram estáveis em 3,27 milhões de sacas. As exportações de suaves colombianos, no entanto, aumentaram 18,3%, para 1,29 milhão de sacas.