Família pede justiça por morte de jovem de 19 anos, em Bela Vista do Paraíso (PR)
A morte de um jovem de 19 anos mobilizou a cidade de Bela Vista do Paraíso, norte do Paraná, na última semana. Gabriel de Moraes Santos faleceu após ser atingido por um carro que teria furado a preferencial, enquanto pilotava sua moto. O teste do bafômetro aponta que o motorista do carro estava embriagado. Ele responde em liberdade pelo crime.
O acidente aconteceu no dia 27 de abril. Gabriel havia encerrado o expediente quando foi surpreendido por um carro em alta velocidade, no cruzamento entre as ruas Maria Tomazelli e Brasílio de Araújo. Ele trabalhava como entregador de uma loja de açaí. O jovem foi socorrido no Hospital Municipal São Jorge e depois levado à Santa Casa de Londrina.
A família iniciou campanha para doação de sangue, mas Gabriel não resistiu e faleceu na última sexta-feira (30). Em entrevista ao Balanço Geral Londrina, a mãe de Gabriel, Creusa Souza de Moraes, desabafou.
“Meu filho tinha sonhos, meu filho queria terminar a faculdade dele, meu filho queria casar. E isso não vai acontecer porque esse homem pegou um carro, resolveu beber e depois resolveu sair e matar ele”.
disse Creusa Souza de Moraes, em entrevista ao Balanço Geral Londrina.
O motorista Everton de Oliveira Alves, de 37 anos, foi preso em flagrante por embriaguez ao volante e lesão corporal culposa. Porém, foi solto no dia seguinte após decisão judicial. Não foi cobrada fiança. A defesa do motorista acusado nega a embriaguez e alega que o acidente aconteceu por imprudência de Gabriel.
“O carro já havia atravessado quase inteiro. Ele [Everton] conta que o Gabriel, infelizmente, talvez pela pressa de realizar a entrega, ‘rampou’ o quebra-molas, colidiu com o carro e foi arremessado a 15 metros de distância”.
disse Alessandro Moreira Cogo, advogado de defesa de Everton de Oliveira Alves, em entrevista à repórter Ana Contato.
A família pede justiça e recorre à decisão de não ter mantido Everton preso até o julgamento. Na ocasião, o juiz plantonista Walterney Amancio, da comarca de Porecatu, não considerou que a prisão preventiva se encaixava no caso.
Amigos e familiares contam que Gabriel era um rapaz calmo, amoroso e trabalhador. Ele havia começado a estudar engenharia civil na Universidade Estadual de Londrina e investido na compra de uma moto para fazer entregas durante o período sem aulas presenciais.