Família pede justiça por morte de jovem de 19 anos, em Bela Vista do Paraíso (PR)

por Bruna Melo
com informações de Ana Contato, da RIC Record TV Londrina
Publicado em 5 maio 2021, às 10h50.

A morte de um jovem de 19 anos mobilizou a cidade de Bela Vista do Paraíso, norte do Paraná, na última semana. Gabriel de Moraes Santos faleceu após ser atingido por um carro que teria furado a preferencial, enquanto pilotava sua moto. O teste do bafômetro aponta que o motorista do carro estava embriagado. Ele responde em liberdade pelo crime. 

O acidente aconteceu no dia 27 de abril. Gabriel havia encerrado o expediente quando foi surpreendido por um carro em alta velocidade, no cruzamento entre as ruas Maria Tomazelli e Brasílio de Araújo. Ele trabalhava como entregador de uma loja de açaí. O jovem foi socorrido no Hospital Municipal São Jorge e depois levado à Santa Casa de Londrina. 

A família iniciou campanha para doação de sangue, mas Gabriel não resistiu e faleceu na última sexta-feira (30). Em entrevista ao Balanço Geral Londrina, a mãe de Gabriel, Creusa Souza de Moraes, desabafou.

“Meu filho tinha sonhos, meu filho queria terminar a faculdade dele, meu filho queria casar. E isso não vai acontecer porque esse homem pegou um carro, resolveu beber e depois resolveu sair e matar ele”.

disse Creusa Souza de Moraes, em entrevista ao Balanço Geral Londrina.

O motorista Everton de Oliveira Alves, de 37 anos, foi preso em flagrante por embriaguez ao volante e lesão corporal culposa. Porém, foi solto no dia seguinte após decisão judicial. Não foi cobrada fiança. A defesa do motorista acusado nega a embriaguez e alega que o acidente aconteceu por imprudência de Gabriel.

“O carro já havia atravessado quase inteiro. Ele [Everton] conta que o Gabriel, infelizmente, talvez pela pressa de realizar a entrega, ‘rampou’ o quebra-molas, colidiu com o carro e foi arremessado a 15 metros de distância”.  

disse Alessandro Moreira Cogo, advogado de defesa de Everton de Oliveira Alves, em entrevista à repórter Ana Contato.

A família pede justiça e recorre à decisão de não ter mantido Everton preso até o julgamento. Na ocasião, o juiz plantonista Walterney Amancio, da comarca de Porecatu, não considerou que a prisão preventiva se encaixava no caso.

Amigos e familiares contam que Gabriel era um rapaz calmo, amoroso e trabalhador. Ele havia começado a estudar engenharia civil na Universidade Estadual de Londrina e investido na compra de uma moto para fazer entregas durante o período sem aulas presenciais.