São Paulo, 27- A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou, nesta sexta-feira, que 6.237.897 suínos já foram eliminados em países asiáticos por causa da contaminação com a peste suína africana (ASF, na sigla em inglês). O número representa um incremento de 317.170 animais em relação ao levantamento anterior da organização, de 20 de setembro. Os dados da FAO foram atualizados até a quinta-feira, 26. Segundo a organização, o balanço da entidade compila informações extraídas dos órgãos federais dos países.
A revisão para cima no número de animais eliminados em virtude da infecção com o vírus deve-se principalmente à elevação no número de suínos descartados no Vietnã, que passou de 4,7 milhões para 5 milhões de animais. É a pior condição quanto ao volume de animais levados ao abate sanitário. No país, segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural local, a epidemia atingiu 63 províncias, desde o relato da doença em 19 de fevereiro.
A FAO informou também que dez novos focos da doença foram detectados no continente asiático. Dos novos casos detectados, cinco foram reportados na Coreia do Sul, quatro nas Filipinas e um na China. Com a atualização, a FAO estima 358 focos da doença espalhados pela Ásia, ante 348 do relatório anterior da organização.
No levantamento desta sexta-feira, a FAO incluiu a identificação de novos cinco focos da doença na Coreia do Sul, que levou à eliminação de 10 mil animais. O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais do país informou que desde que a doença foi notificada, duas cidades foram atingidas e 21,1 mil animais eliminados.
A situação mais crítica, em termos de extensão, continua sendo a da China, com 158 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong. No país, um novo foco da doença foi detectado na região autônoma de Guangxi Zhuang, que levou ao abate sanitário de 120 animais. Desde a identificação do surto, em agosto do ano passado, 1,17 milhão de suínos foram eliminados, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país.
Nas Filipinas, agora, a doença foi identificada nas cidades de Quezon e Antipolo, num total de quatro focos levando ao descarte de 7,05 mil animais. Segundo o Departamento da Agricultura do país, desde que o primeiro surto foi detectado em 9 de setembro, 11 casos foram registrados em quatro províncias, levando à eliminação de 15 mil animais.
Nos demais países afetados pela doença no continente, Mongólia, Camboja, Laos, Mianmar e Coreia do Norte, os números ficaram inalterados em relação ao balanço anterior. A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado, desde 23 de maio, levando à eliminação de 77 animais. Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias, levando à eliminação de 3,1 mil animais, aproximadamente 10% do plantel do país. No Laos, desde a detecção da epidemia em 20 de junho, 94 focos foram relatados em 14 províncias e 25 mil animais foram eliminados. No Camboja, de acordo com o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do país, desde a identificação da doença, em 2 de abril, 2,85 mil animais foram mortos e cinco províncias foram atingidas. Em Mianmar, desde que o primeiro caso foi detectado pelo governo local em 1º de agosto, a epidemia atingiu aldeias da província de Shan State com quatro focos e já levou ao abate sanitário 131 animais.
Os dados da FAO divergem das estimativas de mercado, por contabilizarem somente os números divulgados pelos órgãos oficiais de cada país.