por Redação RIC.com.br
com reportagem de Evandro Mandadori da RIC Record TV, Maringá

Na manhã desta terça-feira (19), a Polícia Civil cumpriu cinco mandados de busca e apreensão contra uma associação criminosa que desviou R$ 60 milhões do Banco do Brasil. O gerente de uma agência bancária e um microempreendedor são investigados

Os mandados foram cumpridos na região noroeste do Paraná: dois em Maringá, dois em Loanda e um em Porto Rico

De acordo com a polícia, os suspeitos terão que cumprir prisão domiciliar até o fim da investigação. Eles deverão responder por lavagem de dinheiro, estelionato e organização criminosa. 

O dinheiro foi recuperado, mas a polícia ainda apura o envolvimento de outras pessoas.

Investigação de fraude bancária

As investigações começaram em outubro de 2019, quando o próprio banco entrou em contato com a polícia para denunciar o fato. Conforme o relato, o gerente-geral de uma agência bancária, localizada no Noroeste, teria alterado a senha de seus gerentes subordinados para efetuar a transferência do numerário para a conta do microempreendedor, que por sua vez, transferiu de forma fracionada o dinheiro para outras três contas jurídicas

“Essa organização criminosa, ela rastreia e hackea senhas de gerentes do Brasil a fora e, no momento certo, eles realizam uma anotação de crédito na conta bancária de uma pessoa que não tem perfil nenhum para receber esses valores, ou seja, uma pessoa que movimenta valores pequenos na conta e de repente recebe milhões. No caso, foram R$ 60 milhões que foram concedidos na conta bancária, que imediatamente foram transferidos para outras contas e para outra contas com o fim de ocultar o valor, simular a origem e dificultar o rastreamento dos valores”, explica o delegado Guilherme Dias. 

De acordo com o que foi apurado até o momento, a troca de senha ocorreu sem conhecimento e autorização dos funcionários portadores delas. No entanto, a polícia ainda investiga a possibilidades do envolvimento deles e de outros empregados do banco na operação criminosa

Além disso, as diligências apontam que o gerente suspeito, teria utilizado a senha de uma gerente de agência bancária situada no estado de São Paulo – com o intuito de não ser descoberto. Através desta senha, o investigado teria tido acesso ao sistema que efetiva a transferência.

“Existe um material expressivo a ser analisado e, logicamente, existem vários membros dessas organizações criminosas que atuam em vários estados. Então, a investigação está voltada não só para esse caso específico, mas para toda a organização”, pontua ainda o delegado.  

19 maio 2020, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 16h10.
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