Greca recebe convite oficial de filiação no Progressistas após anúncio de fusão entre DEM e PSL

por Redação RIC.com.br
com reportagem de Camila Andrade
Publicado em 20 set 2021, às 19h40. Atualizado às 20h02.

Após cerca de dois meses de negociações, dirigentes dizem que a fusão de DEM e PSL está bem costurada. A 2ª maior bancada da Câmara e com fartos recursos dos fundos Partidário e Eleitoral do PSL, somada à capilaridade e o currículo de políticos experientes do DEM, darão protagonismo à nova sigla nas eleições de 2022. As duas legendas abrigam três pré-candidatos: o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o apresentador, Datena (PSL).

No entanto, ainda há divergências quanto a fusão nos diretórios estaduais de ambos os partidos. Nesta terça-feira (21), as cúpulas partidárias vão se reunir para dar início a negociações e articulações internas em busca de um acordo. Uma pesquisa deve apontar o nome e marca da nova legenda. O mais provável é que se mantenha o número 25 na urna já que o 17 ficou muito associado ao presidente Jair Bolsonaro.

Grupo RIC entrou em contato com o Presidente do Diretório Regional do Democratas no Paraná, Pedro Lupion, que informou que só vai se pronunciar após a confirmação da fusão. Já Fernando Francischini, presidente do PSL/PR, e nome mais cotado para a administração da nova legenda no Estado, adiantou que já estão trabalhando para um consenso estadual.

“As comissões executivas nacionais do PSL e do Democratas estão em fase final de ajustes de uma possível fusão entre os partidos. Aqui no Paraná eu vejo com bons olhos. Inclusive já entramos em composição: eu, o deputado Lupion [Pedro Lupion, DEM] e o deputado Felipe Francischini, que tem mando político, pra fazer um consenso das comissões provisórias municipais, inclusive também a nova executiva estadual do partido”,

explicou Francischini.

Greca, onde fica?

A fusão, no entanto, também deve provocar algumas baixas nos partidos, como é o caso do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, do DEM. Greca já estaria até procurando uma nova sigla para ele e aliados.

Um dos partidos interessados na filiação de Greca é o Progressistas. A presidente do partido no Paraná, Maria Victória oficializou o convite em uma ligação ao prefeito curitibano.

“Com muita alegria ele recebeu o convite, ficou muito agradecido e vai avaliar suas possibilidades. Acredito que em breve teremos um retorno”,

contou ela.

Ainda não há confirmação de que os cinco vereadores da Câmara Municipal de Curitiba irão acompanhar o prefeito, já que a mudança abre caminho para os parlamentares se acomodarem em outras legendas, sem a ameaça de perder o mandato.

O novo partido contaria com 11 assentos na Assembleia Legislativa do Paraná, e 8 na Câmara Municipal de Curitiba, o que garantiria o título de maior partido da capital. Flávia Francischini deve ficar com a presidência municipal.

“Com certeza será um dos maiores partidos nacionais, mas também aqui no Estado do Paraná, onde nós teremos o maior número de deputados estaduais e federais, só perdemos em número de prefeitos e vereadores para o PSD, o partido do governador Ratinho Junior, então com certeza nasce provavelmente um grande partido”,

finalizou Fernando Francischini.

A estimativa é que a fusão seja homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até outubro. O prazo limite para poder disputar as eleições de 2022 seria abril.