Jovem ataca crianças e professores com facão em creche
Um jovem armado com um facão invadiu uma escola infantil na manhã desta terça-feira (4), em Saudades, no Oeste catarinense, e matou pelo menos quatro pessoas. A suspeita é de que seja um jovem de 18 anos.
Segundo o Corpo de Bombeiros e a Secretaria Municipal de Saúde, duas crianças e uma professora morreram na hora. Um bebê foi encaminhado ao hospital mas não resistiu aos ferimentos e também morreu. Uma quarta criança, de um ano e nove meses, continua em atendimento no hospital. De acordo com a prefeitura de Saudades, a escola atende alunos da educação infantil.
O suspeito também ficou gravemente ferido e foi levado ao município de Pinhalzinho, a 11 quilômetros de Saudades. Ele está intubado e seu estado de saúde é grave. A hipótese da polícia é que ele tenha tentado tirar a própria vida. A motivação do crime ainda não foi revelada.
O delegado Jerônimo Marçal confirmou a morte de três crianças e uma funcionária. Segundo ele, o suspeito não tem histórico de passagens pela polícia. Ele teria chegado à escola por volta das 10h, portando uma faca. Todas as crianças tinham menos de 2 anos.
Veja a entrevista do delegado no local:
Em entrevista, o prefeito da cidade, Maciel Schneider, informou que será decretado luto de três dias, suspendendo todas as atividades nas escolas. Ele afirmou que o suspeito era uma pessoa conhecida na cidade. Comovido, ele afirmou, chorando, que é novo, tem 35 anos e também tem um filho pequeno.
“É um momento muito difícil, a gente não sabe muito como agir. É uma tragédia inexplicável. Estamos colocando todas as equipes para dar suporte às famílias. É algo que não tem explicação.”, diz o prefeito.
Confira a entrevista da equipe de resgate do Corpo de Bombeiros:
Ao G1 SC, a secretária municipal de Educação, Gisela Hermann, afirmou que as cenas no local eram de terror.
“Chegamos lá, uma cena de terror. Consegui entrar na escola. Tinha uma cara deitado no chão, mas ainda vivo, uma professora morta, uma criança morta também. A sala estava fechada, não deixaram a gente entrar. O cara veio para matar mesmo”, ela conta.
Em nota, o Ministério Público de Santa Catarina manifestou solidariedade às vítimas e aos atingidos pela tragédia e afirmou que deve acompanhar os “desdobramentos no âmbito criminal e cível“.