Os candidatos que participam de debates eleitorais fazem de tudo para dar a impressão de tranquilidade e autocontrole. Mas a verdade é que para que tudo saia bem ao vivo, todos se preparam bastante. Mais do que responder sobre suas propostas, eles precisam estar atentos para não cair nas pegadinhas, especialmente quando vão responder a perguntas formuladas por seus adversários.
Para o debate que acontece na RICTV nesta segunda-feira (1), a maioria dos participantes resolveu tirar a tarde para descansar, além de estudar as regras e a forma como vão expressar suas ideias.
Outro aspecto que exige cuidados dos candidatos é o visual. Os assessores costumam se informar, dias antes, sobre como será o cenário montado pela televisão, especialmente com relação às cores, para que possam escolher melhor a roupa do candidato.
Nem todos costumam abrir o jogo sobre este tipo de preparação, e preferem dizer que são os próprios candidatos que escolhem o traje. A assessoria de Gustavo Fruet (PDT), por exemplo, diz que é o candidato escolhe suas roupas apenas com a ajuda de sua mulher, Márcia Fruet, que é jornalista. Mas não esconde que um publicitário auxilia nos preparativos. E com Luciano Ducci (PSB) também não é diferente: a assessoria ouve a opinião de um figurinista.
Para o coordenador da campanha de Bruno Meirinho (PSOL), Paulo Bearzoti, há exagero nos preparativos. “Os candidatos não têm apenas assessores, eles têm toda uma estrutura de marketing que tende a colocá-los quase como um personagem, hiperproduzindo-os, tirando a naturalidade”, afirma.
Relembrar é viver
Em um debate eleitoral durante a campanha eleitoral de 2008, realizado pela Band, o candidato Lauro Rodrigues (PT do B) vitou hit na internet depois de ter ficado nervoso e de ter perdido a linha de pensamento ao vivo (vídeo abaixo). Apesar de engraçado, o vídeo revela como é grande a pressão pelo bom desempenho.