O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 1,3 ponto na passagem de setembro para outubro, para 85,8 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 0,4 ponto.

“Depois de tímidos avanços nos meses anteriores, o indicador voltou ao patamar de maio, reforçando a dificuldade de se obter uma reação mais robusta no mercado de trabalho. Para os próximos meses, é possível que o indicador retorne ao caminho ascendente, mas ainda não há uma perspectiva de melhora mais expressiva”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,1 ponto em outubro ante setembro, para 93,0 pontos.

“A combinação da virtual estabilidade registrada em outubro e a persistência do ICD em patamar elevado reforça a percepção de que a redução da taxa de desemprego continua ocorrendo de forma lenta e gradual”, completou Rodolpho Tobler.

O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

No IAEmp, cinco dos sete componentes registraram recuos em outubro, com destaque para o Emprego Previsto na Indústria, que caiu 4,0 pontos.

No ICD, a ligeira alta foi influenciada por três das quatro classes de renda familiar: famílias com renda mensal até R$ 2.100.00 (+0,3 ponto), entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00 (+0,2 ponto), e acima de R$ 9.600.00 (+0,5 ponto).