Indústria paranaense mantém liderança na geração de empregos

O número de empregados na indústria do Paraná cresceu 2,2% em maio, em relação ao mesmo mês de 2011, enquanto no País houve queda de 1,7%. Dos 10 estados pesquisados pelo IBGE, apenas Paraná (primeiro colocado) e Minas Gerais apresentaram crescimento no pessoal ocupado na indústria. Os números de maio consolidam a indústria paranaense como a de melhor desempenho em geração de empregos este ano. De janeiro a maio, o contingente empregado no setor cresceu 3,6% no Paraná, enquanto na média nacional houve retração de 1,1%.

De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, o segmento industrial que mais ampliou os postos de trabalho no Paraná em maio foi o de máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (35,1%). Em seguida aparecem os segmentos têxtil (10,8%), minerais não metálicos (9,4%), produtos químicos (8,5%), metalurgia (8,0%), refino de petróleo e álcool (6,9%) e alimentos e bebidas (6,1%).

A massa salarial teve aumento real (descontada a inflação) de 8,4% em maio, contra 1,1% para a média brasileira. Foi o segundo melhor desempenho do País, atrás do Espírito Santo (10,9%). A variação foi influenciada por máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (44,1%), têxtil (24,2%), produtos químicos (15,4%), metalurgia (13,6%), meios de transporte (11,3%) e alimentos e bebidas (7,6%). A indústria do Estado foi a única do País a apontar crescimento no número de horas pagas (1,5% versus queda de –2,8% para o Brasil) nesta referência de comparação.

Doze meses – No acumulado em doze meses até maio de 2012, a indústria paranaense também foi a de melhor desempenho na geração de empregos, com crescimento de 5,2%, contra redução de0,3% para o País. O desempenho foi ancorado nos segmentos de máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (37,8%), alimentos e bebidas (14,0%), meios de transporte (9,5%), outros produtos (8,5%), metalurgia (8,4%), têxtil (7,7%), minerais não metálicos (6,5%) e produtos químicos (5,8%).

No total dos salários reais pagos, o Paraná ocupa o segundo colocação no índice anual (11,0% contra 3,5% no Brasil), depois de Pernambuco (11,5%). As variações mais pronunciadas correram em máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (44,3%), meios de transporte (19,1%), outros produtos (17,0%), alimentos de bebidas (15,1%), fumo (12,5%) e metalurgia (11,4%).

Em horas pagas, com aumento de 1,0%, versus declínio de 1,1% para o Brasil, o Paraná ficou em terceiro lugar entre as unidades observadas, atrás de Pernambuco e Minas Gerais.

Análise – O presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, o descolamento do Paraná do ritmo da indústria nacional, que vem reduzindo o contingente empregado, pode ser explicado pelo dinamismo dos ramos agroindustrial, metalmecânico, petroquímico e construção civil, somado à boa articulação entre o governo estadual e a iniciativa privada.

Lourenço afirma que, graças a isso, a indústria paranaense vem sendo menos afetada por um cenário marcado pela “exacerbação das expectativas negativas dos empresários quanto aos sinais da economia global e à eficácia e alcance das sucessivas medidas de reativação da economia anunciadas pelo governo federal”.

Na semana passada, dados do IBGE mostraram que, na contramão da indústria nacional, o setor continua elevando a produção no Paraná. Em maio, a produção industrial paranaense cresceu 5,5%, em comparação com o mesmo mês de 2011, e 1,5% em relação a abril, enquanto nacionalmente o setor registrou quedas de 4,3% e 0,9%, respectivamente.