Conheça os três tipos de mães que têm maior probabilidade de criar um assassino

por Caroline Maltaca
com informações do The Mirror e supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 28 set 2021, às 20h09.

Uma especialista em criminologia compartilhou algumas características que indicam se uma mãe pode estar criando um assassino, em um artigo científico publicado recentemente. De acordo com a autora, Dra. Elizabeth Yardley, criar alguém que é capaz – e se mostra disposto – a tirar a vida de outra pessoa é “um processo complexo e demorado”, mas que pode ser influenciado por diversos fatores, entre eles o relacionamento com a mãe.

Baseada em casos de assassinos famosos nos Estado Unidos, a especialista avalia que em circunstâncias diferentes, três tipos de mulheres normalmente são mães desses tipos de pessoas:

Anti-mães

Segundo a especialista, esse tipo de mãe pode ter sido vítima de maus-tratos e abandono, e sobrevivente de uma educação brutal que nunca teve um ambiente familiar ‘saudável’. Nem todas as mulheres que passam por isso irão recriar sua própria situação, mas há algumas que o farão.

Essas normalmente criam ambientes brutais em casa, negligenciando ou abusando dos filhos, tornando-se o mesmo tipo de pessoa que antes desprezavam.

Mães Gestoras

As mães gestoras vêm de um ambiente familiar ‘tradicional’ e estão muito atentas às expectativas da sociedade sobre a responsabilidade de criar um filho. De acordo com a especialista, geralmente, tais mães, foram vítimas de discriminação ou de uma estrutura moral arbitrária quando jovens e, por isso, passam a se encontrar maneiras de fazer com que os próprios filhos não passem pelo mesmo.

Para isso, elas planejam a vida de seus filhos em detalhes e os pune quando não eles não seguem a rota. Dra. Yardley descreve esse tipo de mãe como:

“As guardiãs que impedem o mundo exterior, protegendo seus filhos do escrutínio conforme seu comportamento se torna cada vez mais desviante”.

Mães passivas

O terceiro e o último tipo de mãe da lista são aquelas que tem medo de como a sociedade pode julgar seus filhos. Elas vivem seguindo regras e fazendo o que a sociedade espera delas. Quietas, passivas e sempre “seguindo em frente”.

Se seus filhos começarem a cruzar os limites morais e legais da sociedade, o medo de rotula-los os obriga a tentar negar o que está acontecendo. Normalmente, tendem a varrer os problemas dos filhos para debaixo do tapete, ignorando na esperança de que seja apenas uma fase.

“A privacidade pode ser valiosa [para elas], pois nos permite restringir quem tem acesso aos lugares e espaços de nossa família e nos permite controlar quem sabe sobre nossas famílias. No entanto, também pode ser a barreira por trás da qual a violência, o abuso, a negligência e a negação podem prosperar – e assim, a formação de um assassino pode começar”,

explica Dra. Yardley.

Por que a mãe?

Yardley argumenta sobre a ideia sexista que ronda sobre o tema, já que a teoria foca mais no papel das mães do que no dos pais:

“Defendo que as mães têm mais importância na formação de assassinos por causa de a natureza inerente de gênero da sociedade. Esperamos que as mães sejam nutridoras abnegadas e cuidadoras primárias – expectativas que consideramos certas e aplicamos a todos. Atribuímos às mães, simplesmente assumindo que elas sabem o que é melhor e estão priorizando as necessidades de seus filhos, protegendo-os de danos internos e externos da família”,

DISSE A Dra. Elizabeth.