Operação foi a segunda realizada no exterior durante a Lava Jato (Foto: Arquivo /Agência Brasil/Lava Jato)

Para os procuradores, a “ausência de postura colaborativa” pode levá-lo de volta à prisão; ele foi detido em maio, mas solto em junho após pagar fiança de R$ 10 milhões

A força-tarefa da Lava Jato pediu ao juiz Sérgio Moro que abra prazo de dez dias para que Mário Miranda, apontado pelo Ministério Público Federal como “operador financeiro” ligado ao MDB, preste esclarecimentos sobre contas no exterior. Para os procuradores, a “ausência de postura colaborativa” pode levá-lo de volta à prisão. Detido em maio, Miranda foi solto em junho, após pagar parte da fiança de R$ 10 milhões e admitir crimes em depoimento.

“A ocultação das contas mantidas em outros países que não a Suíça, além da não apresentação dos esclarecimentos requeridos e documentação apta a comprovar alegações acerca dessas contas-correntes indicam ausência de postura colaborativa do investigado, reforçando fundamentos da prisão preventiva”, afirmaram os procuradores.

Miranda foi alvo da Operação Déjà Vu, 51.ª etapa da Lava Jato, deflagrada em 8 de maio. Essa fase investiga contrato da Petrobras de US$ 825 milhões que teria rendido propina de US$ 40 milhões ao MDB, de acordo com a força-tarefa. O acerto, segundo delação da Odebrecht, teria sido feito em 2010.

O advogado de Miranda, Antonio Figueiredo Basto, disse que não vai se manifestar. A direção do MDB negou relação com o esquema na Petrobras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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