É a primeira vez que um sindicalista assume a pasta do Trabalho
A governadora Cida Borghetti anunciou nesta terça-feira (1º), em Curitiba, a nomeação do secretário especial do Trabalho e Relações com a Comunidade. Será o dirigente sindical Paulo Rossi, que preside a União Geral dos Trabalhadores do Paraná (UGT-PR) e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros (Sineepres). É a primeira vez que um sindicalista assume a pasta do Trabalho.
Para a governadora, Rossi tem conhecimento suficiente para ajudar na política de emprego do Governo do Estado. “Trabalhador e dirigente, ele é preparado para colaborar com nossa importante política de atração de investimentos e criação de oportunidades de emprego aos pais e mães de família do estado do Paraná”, disse.
Cida ressaltou, ainda, que a indicação de Rossi é uma forma de aproximar ainda mais o Governo do Estado do mundo do trabalho. “Queremos ficar perto dessa classe tão importante que gera emprego e precisa de trabalho. Essa designação de hoje, neste 1º de Maio, carrega também essa mensagem”, reforçou.
Rossi atuará nas relações de Trabalho e também na interlocução do governo com os movimentos sociais. “Além de aproximar a sociedade civil das políticas públicas do Governo do Estado, nossa meta também é criar um pacto social entre trabalhadores e empresários, visando cada vez mais a geração de novos postos de trabalho”, disse.
Para Manassés Oliveira, presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco), é importante ver o movimento sindical começar a fazer parte do Estado. “Assim, vamos discutir diretamente a relação entre capital de trabalho, através de um trabalhador que conhece o nosso Paraná”, disse.
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Diferencial
O Governo do Estado vem elevando progressivamente o piso salarial regional, sempre acima dos índices de inflação. O valor, cujas faixas variam entre R$ 1.247 e R$ 1.441 (em vigor desde março), é o maior do País, na média. A menor das faixas está 25% acima do salário-mínimo nacional, de R$ 954.
“Somos um Estado diferenciado, e nesses nove meses de governo, vamos trabalhar para ficar em condição ainda melhor, levando o Governo do Paraná para perto da população, de forma descentralizada e humanizada”, disse Cida.
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Currículo
Além de presidente da UGT-PR e do Sineepres, Rossi, que é natural de Paranaguá, no Litoral do Estado, é bacharel em ciência política e assumiu recentemente a função de membro do Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (CCFGTS), colegiado formado por entidades que representam trabalhadores, empregadores e governo federal.
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Área do trabalho tem atuação em todo o Estado
Uma das principais características da área do trabalho, dentro da administração estadual, é a atuação próxima aos municípios. Hoje, das 399 cidades paranaenses, mais da metade – 216 – possuem uma agência do trabalhador. Destas, a maioria é gerenciada pelo Governo do Estado, que também mantém 19 escritórios regionais.
A área do trabalho é responsável por analisar e organizar políticas públicas definidas pelo Estado e também é o setor que apoia os Conselhos Estaduais e o desenvolvimento dos Conselhos Municipais do Trabalho. Também faz a gestão da integração de trabalhadores, empregadores e governo no fórum tripartite que define questões como o piso regional. Outras atribuições da pasta é a intermediação de mão de obra, seguro-desemprego, apoio ao empreendedorismo e qualificação profissional.
Em 2017 o Paraná ficou em primeiro lugar no ranking que avalia o Programa de Intermediação de Mão de Obra, segundo o Ministério do Trabalho. No Brasil, 508.189 pessoas conseguiram um emprego pelas Agências do Trabalhador. Destes, 107.978 foram nas agências do Paraná, o que representa mais de 21% do total.
Em segundo lugar vem São Paulo, com 74.178, representando 14% do valor nacional. Em 2017, em relação a 2016, houve também um aumento no número de colocados no estado. Em 2016 foram 78 mil colocados nas agências do estado. Em 2017, quase 108 mil.