A pasta, que era ocupada por Luislinda desde fevereiro de 2017, será assumida pelo subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha
*Do R7
A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Dias de Valois Santos, entregou nesta segunda-feira (19) o cargo que ocupava desde o dia 3 de fevereiro de 2017. A informação foi confirmada ao R7 pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.
O Ministério dos Direitos Humanos agora será assumido pelo subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, que vai acumular as duas funções.
A exoneração de Luislinda e nomeação de Rocha serão publicadas nesta terça-feira (20), no Diário Oficial da União.
Antes de assumir o ministério de Direitos Humanos, Luislinda ocupou a SEPPIR (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), em junho de 2016, estrutura então subordinada ao Ministério da Justiça e Cidadania.
No final do ano passado, o R7 noticiou que Luislinda cobrou R$ 10.758,68 do governo federal por uma viagem de cinco dias a Israel em junho de 2016. O valor foi pago pela Conib (Confederação Israelita do Brasil).
A ministra também pediu ao governo o pagamento de diárias por fim de semana em que não trabalhou no mês de julho na cidade de Salvador, na Bahia, onde tem residência. Após a nova denúncia do R7, a ministra devolveu aos cofres públicos pouco mais de R$ 13.400 do montante recebido indevidamente.
Antes das denúncias, Luislinda entrou com um pedido para poder acumular o salário de desembargadora aposentada ao seu atual salário de ministra de Estado e receber R$ 61,4 mil por mês.
Na ocasião, ela comparava a sua situação de ministra com a Escravidão e afirma que seu trabalho à frente da pasta “sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura”.
Em dezembro, diante da possibilidade do desembarque do PSDB do governo do presidente Michel Temer, Luislinda tomou a decisão de se desfiliar do partido que integrava desde 2013.
Substituto
Gustavo do Vale Rocha já havia sido cotado para assumir outras pastas no governo e foi citado inclusive como uma possibilidade de cuidar do ministério extraordinário da Segurança, que Temer prometeu criar em breve.
Vale Rocha se tornou um homem de confiança do presidente, mas é controverso dentro do governo e sempre é lembrado por ter advogado para o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Segundo fontes do Planalto, Temer avaliava trazer de volta a secretaria de Direitos Humanos de volta para o Ministério da Justiça. No entanto, agora com a nomeação de Vale Rocha, Temer deve manter a pasta de Direitos Humanos com o status de ministro.
Leia também:
- Câmara aprova intervenção federal no Rio de Janeiro
- Sem votação da reforma da Previdência, governo define pauta prioritária
- Conselhos aprovam intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro