Os advogados do ex-presidente protocolaram nesta quarta (26) petição rejeitando a hipótese de depoimento por videoconferência
Após o primeiro depoimento ao juiz Sérgio Moro, em maio, em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve retornar à cidade no dia 13 de setembro, uma quarta-feira, para depor outra vez.
Trata-se, agora, de ação penal sobre supostas propinas da Odebrecht. Na vez anterior, o que estava em questão eram a compra e a reforma do triplex do Guarujá, pela qual Moro condenou Lula a 9,5 anos de cadeia.
O juiz abriu ao ex-presidente a possibilidade de conversarem por videoconferência. Os advogados de Lula, porém, protocolaram nesta quarta (26) uma petição rejeitando a hipótese da videoconferência com base em seis argumentos. O primeiro lembra o direito do acusado de ser interrogado presencialmente pelo juiz da causa; o segundo enfatiza que a opção de videoconferência deve ser aplicada apenas em casos excepcionais; o terceiro, que o STF sustenta a superioridade do depoimento presencial; o quarto, que a alegação (de Moro) de que a ida de Lula envolve “gastos desnecessários” não é juridicamente válida; o quinto, que apenas um entre diversos depois de Lula envolveu “excepcional aparato de segurança”; e o sexto, de que não simplesmente há qualquer elemento concreto que justifique “a alteração do critério de interrogatório presencial”.
No que se refere a gastos, a vinda anterior do ex-presidente a Curitiba custou à Polícia Militar paranaense R$ 110 mil.
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