Uma audiência de custódia determinou que a mãe da criança morta a socos e dentadas, em Praia Grande, no último domingo (5), responda em liberdade. De acordo com a polícia de São Paulo, Giulia de Andrade Cândido, de 21 anos, foi presa por falso testemunho, após tentar acobertar o companheiro, padrasto da criança, que está preso por homicídio triplamente qualificado.

Em depoimentos realizados logo após serem detidos, o casal chegou a declarar versões diferentes sobre os fatos. A criança foi levada pelos dois já morta a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Samambaia, no litoral paulista.

Mãe responderá em liberdade

Ronaldo Silvestrini Junior, de 21 anos, e a companheira, Giulia Cândido, foram detidos logo após os funcionários da UPA constatarem possíveis marcas de agressões, na criança que já chegou morta na unidade de saúde. A Polícia Militar (PM) foi acionada e a mãe e o padrasto foram encaminhados a delegacia.

O pequeno Anthony Daniel de Andrade Moraes, de 1 ano e 3 meses, apresentava diversas fraturas, mordida no rosto e hematomas em várias partes do corpo. Além disso, exames comprovaram fraturas no crânio, tórax, clavícula, nariz, mandíbula, sangue no ouvido e hematomas na região da testa e da cabeça.

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A mãe, o padrasto, o pequeno Anthony e o irmão de 5 anos (FOTO: REPRODUÇÃO/ FACEBOOK)

Nesta quarta-feira (8), o casal passou por uma audiência de custódia e a mulher foi liberada para responder em liberdade. Já o padrasto permanece detido.

Criança morre com marcas de dentadas

A Delegacia de Polícia Sede de Praia Grande segue investigando o caso, porém, o padrasto e a mãe já prestaram depoimentos. De acordo com o homem, de 22 anos, os hematomas na criança foram causados por uma queda que a criança teria sofrido, em uma escadaria da residência, na sexta-feira (3), mas não foi levada ao hospital por falta de tempo.

Além disso, ao ser questionado pelos funcionários do hospital sobre a marca de mordida no rosto da criança, o padrasto alegou que um cachorro havia atacado o pequeno. Ao ser interrogado que seria marca de uma dentária humana, o suspeito voltou atrás e informou que foi o irmão mais velho teria feito o machucado.

Já a mãe também alega que não sabe o que aconteceu com a criança. Segundo a jovem de 21 anos, quando chegou do trabalho no domingo, o filho estava dormindo no berço. Mais tarde, próximo às 23h30 quando ela resolveu olhar o pequeno no quarto percebeu que havia sangue próximo.

Ambos foram detidos, porém, a mulher foi liberada nesta quarta-feira (8).

8 jan 2020, às 00h00.
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