Mãe que oferecia filhos para atos sexuais em troca de dinheiro é presa pela polícia

Publicado em 25 jul 2019, às 00h00.

Uma mãe que oferecia os filhos para a prática de atos sexuais em troca de dinheiro e bebidas alcoólicas foi presa pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) na manhã desta quinta-feira (25), no bairro Taboão, em Curitiba.

Mãe que oferecia filhos para atos sexuais é presa no bairro Taboão, em Curitiba

De acordo com as investigações, a suspeita, de 44, oferecia os filhos de 8 e 11 anos para a prática de atos libidinosos com um homem de 54.

Além disso, conforme o delegado José Barreto, o crime foi descoberto em fevereiro de 2018. “No ano passado tinha sido feito uma ocorrência de que um indivíduo estaria abusando sexualmente de duas crianças, de oito e 11 anos. Começamos a investigação, ouvimos mais de 16 pessoas (…). Além disso, aqui na própria delegacia havia chegado algumas denúncias anônimas relatando os fatos”.

A partir das denúncias, Barreto afirmou que deu-se início a uma investigação para apurar os fatos.

“Chegamos a conclusão de que o indivíduo estaria abusando sexualmente dessas duas crianças, e a mãe tinha conhecimento dos fatos, era conivente. Além disso, ela vendia essas crianças. (…). Ela recebia tanto dinheiro quanto bebidas alcoólicas”.

Durante a investigação, os fatos apontaram que tanto a menina quanto o menino foram vítimas de abuso sexual.

Segundo o delegado, muitos depoimentos chocantes por parte das crianças foram registrados na delegacia. “O que realmente chamou atenção foi o relato dela de que um dos abusos teria acontecido no parque Tanguá, quando ele teria levado ela lá, colocado um pano no rosto dela, feito gestos que pareciam ato de masturbação, inclusive ela viu que ele teria ejaculado, o que realmente choca nós aqui na polícia”.

Crianças vítimas de abuso sexual estão

Logo depois de toda a apuração por parte da civil, o delegado informou que entrou com um pedido de prisão preventiva, por tempo indeterminado, dos dois indivíduos, e que na data de hoje o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), deflagrou essa operação que resultou na prisão tanto do homem quanto da mulher.

Ao ser questionado os motivos da demora para o caso ser esclarecido, tendo em vista que toda a investigação passou de um ano, José Barreto explicou que existe uma série de atos necessários durante uma investigação.

“Até porque o laudo não deu positivo para conjunção carnal, então quer dizer, a gente precisa coletar outros indícios como testemunhas, a própria escuta especializada da vítima (…), para que a gente pudesse pedir essa prisão com elementos o suficientes para que o juiz pudesse deferir, como foi deferido”.

Inicialmente, o delegado explicou que as crianças foram encaminhadas ao Conselho Tutelar, e em seguida foi concedida a guarda provisória dos menores aos respectivos responsáveis.

Hoje, Barreto afirmou que a menina está aos cuidados do pai, e o menino com um casal da família, em São Paulo. “Ambos estão bem, tentando superar o trauma que é bem difícil, ainda mais pelo número de atos que eles teriam passado, quer dizer, os atos ocorriam desde 2016”.

Agora, tanto a mulher quanto o homem encontram-se a disposição da justiça, e devem responder pelo crime de estupro de vulnerável, favorecimento da prostituição e ameaça.