Se a mudança nas regras no seguro-desemprego tivessem acontecido no fim de 2013, mais de 2,2 milhões de pessoas teriam tido o pedido negado. Isso representa 26,58% do total de beneficiados com o seguro-desemprego no ano de 2014. O levantamento, divulgado nesta sexta-feira (16), foi feito pelo Ministério do Trabalho e Emprego e prevê que o índice de benefícios recusado em 2015 também ultrapasse os 25% de pedidos.
No ano passado, cerca de 8,5 milhões de pessoas entraram com o pedido junto à Caixa Econômica Federal. De acordo com os números apresentados, com a nova regra prevista na Medida Provisória 665, mais de 2,2 milhões de pessoas não teriam direito ao benefício. Número quase sete vezes maior que os 351 mil benefícios que foram de fato recusados em 2014, obedecendo a regra antiga.
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A norma anterior exigia apenas seis meses de trabalho nos últimos três anos para ter o benefício liberado. Com as mudanças, que valem a partir do mês de março, o desempregado deverá comprovar pelo menos 18 meses de salários nos últimos dois anos para poder entrar com a primeira solicitação. Para o segundo pedido, serão necessários 12 salários nos últimos 16 meses e para a terceira, deverá ser comprovado 6 meses de salários imediatamente anteriores à data da dispensa.
O levantamento mostra que aproximadamente 50% das pessoas que pediram o seguro-desemprego pela primeira vez em 2014 teriam o benefício negado o novo regulamento. Para o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o cenário está mudando para defender o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). “Nenhum direito está sendo suprimido”, afirmou.