Medicamentos podem ficar mais caros a partir de junho; entenda!

por Renata Nicolli Nasrala
com informações do R7
Publicado em 27 maio 2020, às 00h00.

A partir de junho, medicamentos podem ficar mais caros em todo o Brasil.

Neste momento, o tema está em discussão na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial responsável pela regulação econômica do mercado, já que o prazo do Ministério Público suspendeu o reajuste anual dos remédios por 60 dias em razão da pandemia de coronavírus termina neste domingo (31).

Medicamentos mais caros: aumento pode ser de mais de 4%

De acordo com o CMED, o reajuste anual dos medicamentos é calculado por meio de uma fórmula que leva em conta a variação da inflação (IPCA), ganhos de produtividade das fabricantes de medicamentos, variação dos custos dos insumos e características de mercado.

Em 2019, o IPCA acumulou alta de 4,31%. De acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), o reajuste será em média 4,08%.

Conforme o sindicato, o fim do congelamento dos medicamentos é extremamente necessário para viabilizar a operação da indústria farmacêutica no Brasil.

“Garantindo assim o fornecimento normal de medicamentos para a população”, afirmou em nota o sindicato que representa 432 empresas nacionais e internacionais que detêm mais de 95% do mercado de medicamentos brasileiro.

Além disso, o Sindusfarma afirma que após 14 meses de preços inalterados, a indústria farmacêutica precisa desse reajuste para repor parte dos aumentos de custo acumulados, pandemia de coronavírus, as expressivas altas do dólar e dos custos de logística, matérias-primas e insumos.