Um familiar de Miguel Angelo Duarte, de 24 anos, que confessou ter assassinado Layane Czervinski, de 19 anos, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, declarou durante entrevista à RIC Record TV, concedida nesta quarta-feira (22), que acredita que exista mais alguém envolvido no crime

“Ele confessou pra mim o que fez, mas tem algo estranho, tem muita coisa estranha aí. Porque assim que eu fiquei sabendo da informação, a pessoa que me passou a informação, falou o seguinte: quando a polícia chegou lá, com o mandado de prisão dele, ele se prontificou a se entregar na hora, mas assim que ele chegou no portão, ele mesmo falou pro policial não fui eu. Aí, o policial questionou ele, não foi você o que, nós nem perguntamos nada e nós nem te acusamos de nada”, disse ao vivo. 

Segundo o homem, que não quer se identificar, após admitir o crime, Miguel implorou para permanecer preso por medo de ser morto. “Ele implorou pra ficar preso, pra própria segurança dele. Ele mesmo falou pra mim que preferiu ficar preso porque aqui fora vão matar ele”. O familiar ainda declarou que o suspeito pode estar assumindo o crime sozinho para proteger a própria família: “Eu acredito que ele está encobrindo alguma coisa pra proteger a própria família. Não estou dizendo que ele é inocente, mas também não posso dizer que é culpado”, disse. 

Investigação

Miguel foi preso na noite desta terça-feira (21). A polícia chegou até ele depois que a mãe e o irmão de Layane levaram até a Delegacia da Mulher e do Adolescente um celular, usado pela vítima pouco antes de desaparecer. Pelo aparelho telefônico foi possível acessar uma troca de mensagens entre os dois, em uma rede social, nas quais eles marcavam um encontro, entre a noite de sábado (18) e a madrugada de domingo (19), nas proximidades do local onde Layane foi encontrada morta.  

Em depoimento, Miguel contou que ele e a vítima usaram cocaína e bebidas alcoólicas depois que se encontraram, e que em determinado momento iniciaram uma discussão. Foi aí, que ele teria cometido o assassinato. Ele ainda alegou que Layane foi encontrada seminua porque ele teria arrastado o corpo pelo matagal e não porque ela foi estuprada. 

A esposa de Miguel também foi ouvida, mas diante da confissão do marido, foi liberada pela polícia. 

O crime

A jovem não foi mais vista desde a noite de sábado (18) e seu corpo foi localizado no início da manhã de segunda-feira (20). Segundo a Polícia Militar, quando foi encontrada, vestia apenas um sutiã, apresentava vários ferimentos, principalmente na cabeça, e estava parcialmente queimada. “As roupas estavam longe do corpo, tinha um óculos de grau de cor rosa, uma corrente também e o corpo estava seminu, a uma distância de mais ou menos uns 10 metros do local onde estavam essas roupas”, contou o tenente Reginaldo Cason, da Polícia Militar. 

Exames deverão comprovar se Layane sofreu violência sexual

22 jan 2020, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 16h15.
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