O número de mortes em decorrência da tuberculose no Paraná caiu 20% durante o ano de 2012. O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, creditou a queda à ampliação da cobertura do tratamento diretamente observado (TDO) da doença que no Paraná chegou a 78% dos pacientes, uma das melhores taxas do Brasil.
“Essa alta taxa de cobertura é um avanço que merece ser comemorado. Contudo, há muito que ser feito e nosso objetivo é levar esse tipo de tratamento a todos os municípios, garantindo assistência a 100% dos pacientes”, explicou o secretário durante evento comemorativo que marcou o Dia Mundial da Luta Contra a Tuberculose, celebrado no domingo (24).
O tratamento diretamente observado é oferecido tanto no sistema público quanto no sistema privado. Neste método, o profissional de saúde acompanha o paciente com tuberculose durante a administração do medicamento, o que assegura que o tratamento seja feito corretamente.
O coordenador do Programa Nacional de Tuberculose do Ministério da Saúde, Draurio Barreira, que também participou do evento no domingo, ressaltou que “poucos Estados do Brasil tem motivos para comemorar a redução de casos e o Paraná, dentre os estados do Sul, tem os melhores indicadores”.
Barreira apresentou ainda uma nova tecnologia de diagnóstico que será implantada no Sistema Único de Saúde ainda este ano. “A partir do segundo semestre, algumas cidades oferecerão o teste rápido da tuberculose que detecta o bacilo causador da doença em apenas duas horas”, disse.
Para o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, diagnosticar a doença mais cedo é um dos principais desafios para o controle da tuberculose no Estado. “Quanto mais precoce for o diagnóstico, maior as chances de cura. Além disso, é importante que o tratamento seja realizado integralmente, sem interrupções”, afirmou.
O alerta do superintendente se deve à extensão do tratamento que dura no mínimo seis meses. Em 2012, a taxa de abandono do tratamento caiu de 8% (2011) para 5,9%. Outro dado satisfatório diz respeito à taxa de cura entre os pacientes com tuberculose, que subiu de 75% em 2011, para 77% em 2012.