Confusão aconteceu após votação para abertura de processo contra o vereador Boca Aberta. (Imagem: Reprodução RIC TV)

Regina Amâncio, que abriu denúncia contra o vereador Boca Aberta, foi hostilizada por apoiadores dele espirrou spray de pimenta em duas adolescentes

Uma sessão que acontecia na Câmara de Vereadores de Londrina terminou em agressão, na tarde desta quinta (6). A enfermeira Regina Amâncio, responsável por abrir uma denúncia contra o vereador Emerson Petriv (PR) (conhecido como Boca Aberta), atacou duas adolescentes com spray de pimenta.

A confusão começou logo após o fim da votação, quando Regina foi hostilizada por partidários do vereador. Ela revidou, espirrando o spray em duas jovens, o que ocasionou a revolta da população que estava no local, que tentou agredi-la. Foi necessária a intervenção dos seguranças da Câmara para que a enfermeira não fosse linchada dentro do local. Regina foi retirada do espaço após muita gritaria e empurra-empurra.

A enfermeira é o principal nome na abertura do processo de investigação contra Boca Aberta, que é acusado de estelionato por usar uma espécie de “vaquinha” em redes sociais para arrecadar recursos e, supostamente, pagar uma multa que foi dada a ele pela Justiça Eleitoral. 

A comissão processante foi aprovada por 16 votos a 3, o que causou a revolta dos apoiadores de Emerson e, consequentemente, toda a confusão. Confira como foram os votos dos vereadores:

Vilson Bittencourt – Sim
Roberto Fú – Sim
Péricles Deliberador – Sim
Professor Rony – Sim
Pastor Gerson Araújo – Sim
Mario Takahashi – Sim
Junior Santos Rosa – Sim
João Martins – Sim
Jamil Janene – Sim
Filipe Barros – Sim
Felipe Prochet – Sim
Estevão da Zona Sul – Sim
Eduardo Tominaga – Sim
Daniele Ziober – Sim
Amauri Cardoso – Sim
Ailton Nantes – Sim

Jairo Tamura – Não
Guilherme Belinati – Não
Boca Aberta – Não

Assista aos vídeos da confusão da Câmara:

Confira a nota da Câmara Municipal de Londrina

Após analisar os vídeos veiculados pela mídia, postados nas redes sociais e ter acesso às imagens gravadas pela equipe do Legislativo, a presidência da Câmara Municipal de Londrina esclarece:

  1. Amparada no artigo 256 do Regimento Interno, a presidência da Câmara Municipal de Londrina reforçou o serviço interno de vigilância e oficiou as polícias civil e militar para, em caso de urgência, disponibilizarem reforço policial na sessão desta quinta-feira (6), oportunidade em que os vereadores aprovaram a abertura de uma Comissão Processante (CP) para apurar conduta do parlamentar Boca Aberta (PR);
  2. Ciente que a Câmara de Vereadores é o espaço para manifestação popular de pessoas de boa-fé, a presidência do Legislativo orientou sua equipe para que não fosse criado nenhum obstáculo para acesso da população ao prédio do Legislativo;
  3. Ocorre que após a aprovação da CP e diante de tumulto numa das galerias do Legislativo, a ação do policial civil foi necessária para defender a integridade física de uma munícipe que acompanhava a sessão, como também dos vigilantes que estavam sendo agredidos por manifestantes;
  4. Na seqüência deste fato, o mesmo policial foi responsável por impedir que manifestantes invadissem o corredor lateral do prédio e posteriormente o plenário da Câmara de Vereadores;

Portanto, a ação foi necessária e o policial civil agiu de acordo com as prerrogativas que lhe são conferidas para a função, impedindo violência física e depredação do patrimônio publico.

Leia também
Câmara de Londrina denuncia compra de votos