Dos três estados da Região Sul, apenas o Rio Grande do Sul entra no último dia da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite sem ter alcançado a meta de 95% de imunização estabelecida pelo Ministério da Saúde.
Conforme dados atualizados pelo Programa Nacional de Imunização até o fim da manhã desta sexta, o estado de Santa Catarina já havia imunizado 99,4% do público-alvo da campanha, seguido pelo Paraná (97,2%) e pelo Rio Grande do Sul (92,8%).
A média nacional de vacinação é 92,9%, o que equivale a pouco mais de 13,1 milhões de crianças imunizadas. Para alcançar a meta, o país precisa imunizar pelo menos 13,5 milhões.
De acordo com o ministério, estados e municípios que não conseguirem atingir a meta devem avaliar a necessidade de prorrogar a vacinação. A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul informou que ainda não há decisão sobre uma eventual prorrogação da campanha no estado.
A partir deste ano, a dose é aplicada em uma única etapa. Até o ano passado, era em duas fases. A vacina é indicada para todas as crianças menores de 5 anos, mesmo as que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia.
A paralisia infantil é considerada endêmica pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Afeganistão, na Nigéria e no Paquistão. Angola, o Chade e o Congo, que já estiveram livres da doença, voltaram a registrar casos este ano.
Nenhum caso de pólio é registrado no Brasil desde 1989. O vírus causador da doença ainda circula pelo menos por 35 países. Não existe tratamento para a poliomielite e somente a prevenção, por meio da vacina, garante a imunidade.
O governo federal repassou 21,2 milhões de doses da vacina para as secretarias estaduais e municipais de Saúde. Os investimentos do Ministério da Saúde com a realização da campanha somaram R$ 37 milhões.